Indígenas yanomami são localizados longe de comunidade, diz liderança
Comunidade se deslocou para outras áreas da reserva Yanomami. Segundo presidente do Condisi, mais informações devem ser divulgadas ainda nesta sexta-feira
12:06 | Mai. 06, 2022
Os indígenas que desapareceram na região de Aracaçá, na Terra Indígena Yanomami, foram localizados. Conforme noticiou o jornal de Folha de S. Paulo, a informação foi relatada pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi), Júnior Hekurari Yanomami, à Polícia Federal nessa quinta-feira, 5.
De acordo com Hekurari, os indígenas foram localizados em outras áreas da reserva indígena yanomami e longe de Aracaçá. O novo local não foi informado pelo presidente do Condisi.
Segundo a liderança, mais informações serão enviadas por meio de nota à imprensa ainda nesta sexta.
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Entenda o caso
Na noite do dia 25 de abril, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, divulgou um vídeo dizendo que uma menina de 12 anos havia sido estuprada e morta durante um ataque de garimpeiros.
De acordo com ele, na mesma ação, uma tia tentou salvar a menina e uma criança de 3 anos, filha dessa tia, caiu no rio e desapareceu. O relato de Hekurari, com base em informações recebidas por ele via rádio de pessoas da região, foi comunicado por meio de ofício para o Ministério Público Federal, Funai e Polícia Federal na manhã seguinte, dia 26.
Conforme vídeo, recebi a informação hoje (25/04) as20h que uma adolescente de 12 anos foi violentada brutalmente por garimpeiros na região do Palimiú e, que uma criança de 4 anos que estava com a mesma caiu do barco em que estavam.Amanhã estarei indo no primeiro horário p/comuni. pic.twitter.com/KOhCuxpXy3
— Júnior Hekurari Yanomami (@JYanomami) April 26, 2022Durante as investigações em Aracaçá, a equipe integrada por agentes da Polícia Federal, Funai e Ministério Público Federal não encontrou os indígenas. O local ondem viviam estava deserto e queimado. Até o momento, não se sabe quem queimou o local – há suspeita de que possam ter sido garimpeiros, mas também há hipótese de que tenha sido os próprios indígenas.