Jovem agredida por namorado pede socorro em chat de jogo online

Os prints da conversa entre a vítima e a outra jogadora foram divulgados na internet. A mãe da vítima descreveu os atos de violência do namorado contra a filha e contra a sua família.

Uma jovem de Jundiaí, São Paulo, denunciou a violência que sofria do namorado em um chat de um jogo de ludo para o celular. A adolescente de 17 anos pediu socorro para a usuária que jogava com ela, dizendo que era agredida pelo namorado e não podia chamar a polícia, pois recebia ameaças. As informações são do portal G1.

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Pedido de socorro no chat

 

A conversa entre as duas passou para o Whatsapp, onde a jogadora que recebeu o pedido de ajuda fez perguntas sobre a situação da menina, e a aconselhou sobre o que fazer quando a polícia chegasse. A jovem contava que o namorado ameaçava a ela e ao seu cachorro de morte, e que duvidava que a polícia acreditasse na agressão.

 

Os prints das mensagens trocadas entre a vítima e a jogadora de ludo foram divulgados.
Os prints das mensagens trocadas entre a vítima e a jogadora de ludo foram divulgados. (Foto: Reprodução / G1)

No dia 26 de abril, dia que o pedido de socorro foi feito, a Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima de violência doméstica, na qual a pessoa denunciante descrevia que a vítima pediu socorro pelo chat de um jogo online. A PM encontrou a jovem no endereço indicado, com marcas de violência pelo corpo, e explicou que era ameaçada se tentasse fugir.

Depoimento da mãe

 

A mãe da jovem também relatou que ela, assim como outros membros da família, eram aterrorizados pelo namorado, que foi detido mas está em liberdade. De acordo com o depoimento da mãe, o homem chegou a invadir sua casa e fazer familiares de refém, ameaçando-os com uma faca.

As ameaças de morte eram frequentes, mas a mãe temia pela vida da filha, e por isso não registrou um boletim de ocorrência. "Ele falou: você vai escolher, ou você quer a sua filha viva ou você dá queixa e eu mato ela e me mato que não dá nada. Foi acontecendo, e eu não sabia mais o que fazer. Ele não deixava ela sair, ele bloqueava e ela ia para a minha casa fugir. Era um tormento, era uma tortura. Ele queria manter ela por perto", conclui.

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