Polícia pede prisão preventiva de Saul Klein por crimes sexuais
Saul é acusado de comandar esquema de exploração sexual que vitimou pelo menos 14 mulheres; empresário é filho de Samuel Klein, fundador da rede de varejo Casas Bahia
A Polícia Civil de São Paulo pediu nessa quinta-feira, 28, a prisão preventiva do empresário Saul Klein. A corporação indiciou Klein por sete crimes, incluindo três de natureza sexual.
O empresário é suspeito de organização criminosa, tráfico de pessoas, estupro, estupro de vulnerável, casa de prostituição, favorecimento à prostituição e falsificação de documento público. O inquérito foi remetido ao Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Saul Klein é suspeito de comandar um esquema de tráfico de pessoas e exploração sexual que teria vitimado ao menos 14 meninas e mulheres. As primeiras acusações foram feitas em setembro de 2020. Em abril de 2021, a agência de notícias Pública realizou uma série de reportagem que também denunciou o pai de Saul, falecido em 2014.
Segundo as alegações das reportagens, o esquema teria começado há décadas, e envolveria crimes cometidos até mesmo na sede das Casas Bahia. No relatório da investigação, embasando o pedido de prisão preventiva, a polícia indica que os crimes seguem acontecendo.
Além de Saul, há mais integrantes identificados no suposto esquema. Ao todo, dez pessoas tiveram a prisão preventiva solicitada, e alguns dos crimes incluem ainda mais pessoas sob investigação. A polícia informou que outros suspeitos ainda podem ser indiciados.
A investigação já dura mais de um ano e meio. Neste período, o comando da Delegacia da Mulher de Barueri (SP), responsável pelo caso, teve o comando trocado três vezes.
Atualmente Saul Klein não tem mais envolvimento nas operações das Casas Bahia. Ele vendeu sua participação na empresa em 2009. A atual controladora, Via S.A., tem participação da família Klein, que são os maiores acionistas.