A programação quer integrar diferentes fontes de conhecimento, como a das exposições Fruturos - Tempos Amazônicos, que foi inaugurada no dia 17 de dezembro do ano passado e seguirá até junho, e a do fotógrafo Sebastião Salgado, que estreia no dia 19 de julho. As duas estão alinhadas com o macrotema da regeneração.
A exposição Amazônia de Sebastião Salgado, que já passou por Paris, Roma, Londres e agora está em São Paulo, revela o resultado de sete anos de experiências e expedições fotográficas pela Amazônia brasileira e mostra também os povos de 12 comunidades indígenas da região.
A partir de abril, entra na programação o Amanhãs do Brasil, para tratar de democracia e liberdades com discussões importantes para o futuro do país passando pela educação, a justiça climática, a informação de qualidade e a cultura. Em cinco encontros presenciais e abertos ao público, especialistas vão debater assuntos de destaque no contexto da democracia. Entre os convidados confirmados estão a líder indígena Txai Suruí, a cientista Nina da Hora, o jornalista Marcos Luca Valentim, a biomédica Helena Nader e o advogado Cláudio Lins de Vasconcelos.
Haverá ainda um debate sobre a saúde do coração que ocorrerá paralelamente ao Congresso Mundial de Cardiologia, marcado para os dias 13 a 15 de outubro, no Rio de Janeiro, em conjunto com o 77º Congresso Brasileiro de Cardiologia.
Com apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a exposição Coração e Longevidade trará questões ligadas à saúde cardiovascular e à conexão entre a maior expectativa de vida e um olhar multidisciplinar para o órgão. A mostra vai ocupar todos os espaços do Museu de forma inédita.
O coração será visto como guardião das emoções e o público vai poder saber qual é a sua representação ao longo da história da arte; a anatomia do coração; saúde e sociedade; inovação no tratamento da saúde do coração e a conexão da longevidade com a maior qualidade de vida.
“Eles [os temas] também falam muito como nós podemos cuidar do nosso corpo, como também estarmos atentos aos fatores ambientais que cercam os lugares onde moramos e a influência na nossa longevidade, saúde do coração, os níveis de poluição e questões ligadas à alimentação”, afirmou o diretor de Conhecimento e Criação e curador do Museu, Leonardo Menezes.
Em junho, na Semana do Meio Ambiente, entre os dias 5 a 11, haverá uma rodada de painéis, palestras, rodas de conversa e sessão de documentários sobre temas ligados à preservação do planeta, mudanças climáticas, preservação dos oceanos, Baía de Guanabara, metrópoles sustentáveis, regeneração florestal e ativos sustentáveis.
Em dezembro será a vez da Ocupação Antropoceno. O projeto reunirá cientistas, artistas, ambientalistas, gestores, agentes, governos, instituições e sociedade, para pensar, vivenciar, colaborar e atuar juntos a favor do presente e futuro do planeta. A intenção é apresentar reflexões e ações sobre o impacto do ser humano na Terra e a urgência de se chegar a um equilíbrio para o planeta.
Projetos
Ainda em 2022, o museu dará continuidade a projetos como o Inspira Ciência, um programa de formação de professores da educação básica, que trata de temas fundamentais em astronomia, geologia, biologia e ecologia. De acordo com o diretor, o Inspira Ciência ajuda os educadores que buscam oportunidades de atualização e também responde às demandas provocadas pela Base Nacional Curricular.
Outro projeto com continuidade neste ano é o Mulheres na Ciência, destinado às pesquisadoras brasileiras das áreas de ciência, tecnologia, engenharias e matemática. O objetivo é fortalecer a liderança feminina na inovação de base científica e tecnológica.