Personalidades da mídia e políticos repercutem o brutal assassinato do jovem congolês

O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Moise foi encontrado morto na segunda-feira passada, 24, sem vida na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio

Após os familiares de Moise Kabagambe, de 24 anos, denunciarem o bárbaro assassinato do jovem congolês, o qual teria sido espancando até morte por cinco pessoas depois de cobrar o seu salário ao gerente de um quiosque no Rio de Janeiro, o caso ganhou repercussão. E causou grande comoção entre anônimos e famosos nas redes sociais. Personalidades da mídia e políticos vieram a público se manifestar sobre o crime e os fatores que levaram até o homicídio do rapaz.

"Esse ato brutal não manifesta somente racismo estrutural da sociedade brasileira, mas também a xenofobia em sua pior forma. Exigimos justiça para Moise, seus familiares e amigos", publicou nas suas redes sociais o Instituto Marielle Franco.

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Com grande influência nas redes sociais ao falar sobre questões raciais, o advogado Thiago Amparo questionou a forma como o crime aconteceu: “Um país em que uma pessoa preta africana é espancada a céu aberto por longos 15 min por 5 pessoas, é amarrada inconsciente e continua a ser espancada, e o local continua a funcionar normalmente, não merece nada menos do que botar fogo e reconstruir das cinzas”, publicou o advogado.

Outra indagação de Thiago é quanto a forma que o caso vai ser tratado pelas autoridades. Ele continuou questionando se a morte de Moise será vista como mais um caso isolado entre os vários casos diários.

 

A ex-deputada e candidata a vice-presidente nas eleições de 2018, Manuela d’Ávila (PCdoB-RS), usou o twitter para demonstrar sua indignação e pedir justiça: “Absurdo, revoltante e inaceitável o caso do imigrante congolês Moise que estava apenas cobrando o pagamento de seu salário num quiosque na Barra da Tijuca e foi assassinado a pauladas. O racismo segue destruindo vidas em nosso país! Queremos justiça!", comentou.

A ativista pela educação e deputada federal, Tábata Amaral (PSB-SP), se solidarizou com a família e cobrou que os culpados sejam punidos. “Toda a minha solidariedade aos familiares de Moïse Kabagambe. Trabalhador imigrante, amarrado, torturado e espancado até a morte por pedir seu salário atrasado. Que o sentimento de indignação que nos acomete não permita que permaneçam impunes por todos esses crimes cometidos”, disse.

Terceiro deputado federal mais votado do Rio de Janeiro pelo PSB, Alessandro Molon, escreveu em suas redes sociais sobre o brutal assassinato: “A morte de Moise Kabamgabe, que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor, mas acabou brutalmente assassinado no Rio depois de cobrar pagamento pelo seu trabalho, deve ser investigada até o fim”, ressaltou.

O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Moise foi encontrado morto na segunda-feira passada, 24, sem vida na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O motivo do crime, de acordo com a família do rapaz, teria sido a cobrança de salários atrasados ao gerente do quiosque em que trabalhava como ajudante de cozinha. Por isso, foi espancado até a morte por cinco pessoas. Câmeras flagraram o espancamento e testemunhas disseram que os bandidos usavam pedaços de pau e um taco de baseball.

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