Cadela fica presa entre paredes após se assustar com fogos de artifício durante Ano Novo
O caso aconteceu em Goianira, cidade que fica a 22 km da capital goiana
19:01 | Jan. 02, 2022
Na manhã do último sábado, 1º, o Corpo de Bombeiros de Goiás resgatou uma cadela que ficou presa entre duas paredes após se assustar com os fogos de artifício durante a virada de 2021 para 2022. O caso aconteceu em Goianira, cidade que fica a 22 km da capital goiana.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o animal ficou assustado por causa dos fogos de artifício e para fugir do barulho, resolveu se escondeu entre a parede de uma residência e o muro de uma igreja, onde acabou ficando preso.
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Para liberar o animal, foi necessário fazer um acesso na parede da residência. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a cadela foi resgatada aparentemente saudável e entregue à sua proprietária.
Na última sexta-feira, 31, O POVO conversou com especialistas sobre como os fogos de artifício com barulho são prejudiciais aos animais e a pessoas com autismo.
Para animais, os fogos representam três tipos de impactos negativos
Hugo Fernandes, biólogo e professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), cita que existem três tipos de impacto dos fogos barulhentos aos animais.
1. Impacto direto: é quando um barulho muito forte causa danos prejudiciais a cada espécie. “Um barulho muito forte causa uma miopatia de estresse em algumas espécies de aves e podem levá-las a óbito imediatamente”, explica o professor. O mesmo pode acontecer com mamíferos e outros grupos animais.
2. Impacto indireto: danos que não levam a óbito, mas que podem causar prejuízos no sistema auditivo e no comportamento. “Essas espécies acabam mudando de forma irreversível e isso causa problemas ambientais em cadeia”, diz Hugo.
3. Impacto em larga escala: quando se tem impactos diretos e indiretos somados às centenas de outros impactos que o meio oferece à fauna. “Quando você tem esse problema aliado aos demais, você tem um cenário muito complicado de se reverter”, conclui.
Portanto, segundo o biólogo, é muito importante que a população considere a não soltura dos fogos barulhentos.