Pernambuco confirma morte por influenza A H3N2
O estado tem circulação comunitária do vírus
23:46 | Dez. 20, 2021
A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou, nesta segunda-feira, 20, a circulação comunitária da influenza A (H3N2) e a primeira morte causada pelo vírus este ano no Estado. Há 42 casos identificados critério laboratorial e um por clínico-epidemiológico.
Os pacientes são oriundos de 14 municípios, espalhados por todas as regiões do Estado, além de um de Niterói, no Rio de Janeiro.
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Dos 42 casos confirmados de influenza A (H3N2) laboratorialmente desde o sábado (18), nove são casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), com seis internados em enfermaria, dois em UTI e um óbito. A morte foi de um homem de 46 anos, residente no Recife. Ele apresentou quadro de falta de ar no último dia 09/12, buscando atendimento em uma UPA no dia 10/12, quando foi intubado e transferido para a UTI do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), vindo a falecer no domingo (19/12). O homem, paciente renal crônico, teve o exame para covid-19 negativo, sendo feito, posteriormente, o da influenza.
Também foram localizados 12 registros no sistema e-SUS, utilizado para registro de casos leves, a partir de informações que já estavam baixadas na SES-PE. Os demais, provavelmente também do e-SUS, não foram localizados, já que o sistema do Ministério da Saúde (MS) está fora do ar.
"Precisamos lembrar que a influenza é uma doença sazonal, que já vem sendo confirmada em diversos Estados brasileiros. Apesar de preocupante, a circulação da influenza A (H3N2) deve ter uma menor repercussão em casos graves e internamentos quando comparadas às ocorrências da Covid-19. Precisamos, neste momento, de uma atenção redobrada, principalmente para as crianças, os idosos e pessoas com comorbidades severas, já que são grupos com maior risco para agravamento pela influenza", frisou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, durante coletiva de imprensa.
Os pacientes confirmados para a influenza A (H3N2) são dos municípios do Recife (17), Caruaru (4), Igarassu (4), Jaboatão dos Guararapes (4), Cabo de Santo Agostinho (2), Olinda (2), Camaragibe (1), Carpina (1), Ipojuca (1), Itambé (1), Moreno (1), Ribeirão (1), Santa Terezinha (1) e Vitoria de Santo Antão (1), além de Niterói (1), no Rio de Janeiro, e mais 1 do Recife pelo critério clínico-epidemiológico. As faixas etárias são: 5 (12%) menores de 18 anos; 17 (40%) de 18 e 39 anos; 15 (36%) com 40 a 59 anos e 5 (12%) com 60 anos ou mais; além do caso confirmado por critério clínico-epidemiológico (48 anos).