Pai de aluna agride professor após filha denunciar assédio em SP

Adolescente disse que não foi a primeira vez em que o docente havia assediado ela, e que ela não foi a única vítima na escola

17:36 | Dez. 07, 2021

Por: Mirla Nobre
As agressões ocorreram na sala de aula da Escola Estadual Professora Lídia Onélia Kalil Aun Crepaldi, em Cosmópolis (foto: Reprodução/Google Maps)

O pai de uma aluna agrediu um professor após a filha, de 14 anos, relatar ter sido assediada sexualmente pelo docente, que tem 45 anos. O caso ocorreu nessa segunda-feira, 6, no município de Cosmópolis, no interior de São Paulo (SP). As agressões foram registradas em vídeo por alunos e publicado nas redes sociais. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo (PC-SP).

As agressões ocorreram na sala de aula da Escola Estadual Professora Lídia Onélia Kalil Aun Crepaldi. Nas imagens, é possível ver o pai da estudante dando socos no professor. Um outro docente tenta separar os dois, mas também é atingido pelo pai da aluna. Conforme informações do portal G1, os dois professores foram socorridos por médicos ainda na escola.

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Dois boletins de ocorrência foram registrados na Delegacia de Cosmópolis, um de lesão corporal e um de assédio sexual.

Em entrevista a EPTV, afiliada à TV Globo, a adolescente disse que durante uma conversa na sala de aula com umas amigas, o docente disse que se não tivesse casado, ele transaria com a aluna. No momento, ela disse que fingiu não escutar, mas relatou que o docente repetiu a frase. A adolescente disse que ficou em choque.

Ainda segundo ela, não foi a primeira vez em que o professor havia assediado ela, e que ela não foi a única vítima. Conforme a estudante, outras alunas também foram assediadas pelo docente. Ela relata que os assédios também foram físicos, como passar a mão no cabelo, apertar a perna, e “relar" na cintura. As denúncias chegaram à diretora e a coordenadora da instituição, onde as responsáveis haviam conversado com o docente, disse a aluna.

A adolescente conta que não aguentou a situação e ligou para os pais. “Eu não tava conseguindo ficar na sala. Fui pro banheiro, liguei pra minha mãe chorando, tava desesperada e ela me ligou, falou com meu pai, meu pai mandou mensagem. Eu mandei um áudio pra ele de dentro do banheiro, depois eu fui na sala de novo, pegar minha mochila, e depois fiquei lá no pátio e meu pai chegou”, conta.

O pai da estudante disse que a atitude de agredir não foi correta e espera que a justiça seja feita. O professor não quis falar sobre o caso, mas conforme a Polícia Civil, ele negou o assédio em depoimento. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar o caso. A investigação solicitou ao pai da aluna que mais provas do assédio sofrido pela filha sejam apresentadas.

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