Cantor gospel suspeito de aplicar golpes em lojas de grifes é preso

André Luís é investigado por estelionato e organização criminosa em esquema que aplicou golpes nas lojas Prada e Gucci do Distrito Federal. O cantor também foi acusado em 2019 de fazer parte da "máfia dos concursos"

O cantor gospel André Luís dos Santos, de 35 anos, foi preso em São Paulo pela Polícia Militar. Ele é investigado por estelionato e organização criminosa em esquema que aplica golpe em lojas de luxo como Prada e Gucci no Distrito Federal. A suspeita é de que ele tenha lucrado R$270 mil com o crime. Prisão aconteceu no dia 22 de outubro.

Em entrevista ao G1, o delegado á frente do caso, Gleyson Mascarenhas, explicou que o golpe era aplicado por mais duas pessoas além do cantor. A Polícia Civíl não revelou o nome dos demais indiciados. Na Prada, grife especializada em bolsas e artigos de couro, a compra foi no valor de cerca de R$ 150 mil e, na Gucci, os produtos custaram aproximadamente R$ 120 mil.

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A prisão do cantor ocorreu em São Bernardo do Campo, em São Paulo, durante um patrulhamento da PM. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ele estava acompanhado por mais dois homens em um carro, quando a prisão foi anunciada pelos agentes, que ao realizarem pesquisas constataram que André estava sendo procurado pela Justiça no Distrito Federal. André Luís foi encaminhado ao 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, onde o caso foi registrado como captura de procurado.

No Instagram, André, possui mais de 265 mil seguidores. Em sua conta ele compartilha fotos e vídeos de shows, além de ostentar uma vida luxuosa. Seu advogado, Paulo Roberto de Matos Júnior, disse que ainda vai "tomar conhecimento do inquérito policial e depois se manifestar". Entretanto, a defesa adiantou que trata-se de "um desacordo comercial".

Está não é a primeira vez que André recebe acusação criminal. Em 2019, ele foi condenado a 3 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto por fazer parte da "máfia dos concursos", em Brasília, sendo apontado como o responsável por captar clientes para o esquema. Ao todos, outras 30 pessoas foram indiciadas pelo crime. 

Como funcionava o golpe nas lojas de luxo

Segundo o delegado responsável pelo caso, Gleyson Mascarenhas, duas lojas de luxo, Prada e Gucci, procuraram a polícia em setembro deste ano para registrar ocorrência contra o trio golpista. O golpe ocorreu durante um atendimento "vip" oferecido pelas lojas. Nessa forma de atendimento, o vendedor se locomove até a residência do comprador. De acordo com Mascarenhas, esse foi o método utilizado pelos suspeitos para praticar o crime. 

"O vendedor se deslocava até o local que os suspeitos usavam como escritório, em prédios de alto padrão de Brasília. Um deles chamava o vendedor, o outro escolhia as peças de roupa e um terceiro se apresentava como assessor responsável pelo pagamento", detalhou o delegado.

Porém, no momento de efetuar o pagamento, o suspeito apenas simulava uma transferência para conta jurídica da loja. "Eles faziam com que a operação não fosse concretizada. Como os departamentos jurídicos das lojas são grandes, a vítima só percebia que o comprovante era falso no dia seguinte", explicou, Mascarenhas. 

Ainda segundo o delegado, o trio não chegou a fugir, apenas davam desculpas às lojas e informavam que havia ocorrido um erro no banco. Eles devem responder por associação criminosa e estelionato.

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