Patrícia Abravanel e Sikêra Jr. serão processados pelo Governo Doria por LGBTfobia
Apresentadores emitiram declarações durante o mês de junho, no qual é comemorado o Orgulho LGBTQIA+. A intimação para uma audiência de conciliação, mediada pelo Tribunal de Justiça de SP, deve ser publicada nos próximos dias, informou colunista
21:29 | Set. 04, 2021
A Secretaria da Justiça de São Paulo processará Sikêra Júnior e Patrícia Abravanel por LGBTQIA+fobia. Os processos administrativos contra os apresentadores da Rede TV! e SBT, respectivamente, serão abertos em breve pelo órgão público devido às repercussões negativas de declarações preconceituosas dos famosos.
As informações são da colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo ela, a intimação para uma audiência de conciliação, mediada pelo Tribunal de Justiça de SP, deve ser publicada nos próximos dias. Suas respectivas emissoras também serão citadas.
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Ambas as declarações dos apresentadores aconteceram em junho, durante o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Durante transmissão do programa Alerta Nacional, Sikêra se referiu a pessoas homossexuais como "raça desgraçada", ao criticar uma propaganda que a rede de fast food Burguer King criou para o Dia do Orgulho LGBTQIA+. "A gente está calado, engolindo, engolindo essa raça desgraçada que quer que a gente aceite que a criança... deixe as crianças em paz, rapaz!", comentou à época.
Já Patricia afirmou que o público LGBT+ deve compreender quem não os respeita. "O que eu vou falar para o meu filho? Como falar?", questionou à época a filha de Silvio Santos. Após repercussão negativa, a apresentadora abordou o significado da sigla em seu programa e informou que não queria agredir ninguém, mas "quer aprender e crescer". Em 2016, Abravanel também repercurtiu negativamente na internet após se dizer contra a união de casais formados por mulheres ao dizer que a homossexualidade não poderia ser tratada "com normalidade".
Após a declaração, cerca de 37 empresas retiraram o patrocínio do programa Alerta Nacional e foi alvo de uma nota de repúdio da própria emissora. Sikêra chegou a pedir desculpas pelas declarações, mas logo após divulgou um patrocinador falso para enganar "lacradores". Ele também foi alvo de ação civil pública no Rio Grande do Sul por parte do Ministério Público Federal por homofobia.