Anvisa suspende importação e uso da proxalutamida e abre investigação
Além da suspensão do uso e da importação, a Anvisa solicitou que seja instaurado um dossiê de investigação para mais informações sobre produtos à base de proxalutamidaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de sua diretoria colegiada, resolveu suspender, nessa quarta-feira, 1º, a importação e o uso de produtos contendo a substância proxalutamida para fins de pesquisas científicas envolvendo seres humanos no Brasil. A droga, desenvolvida na China, age bloqueando a ação de hormônios masculinos e vem sendo testada no tratamento de tumores na próstata.
Além da suspensão do uso e da importação, a Anvisa solicitou que a Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) instaure um dossiê de investigação em busca de saber mais informações sobre os produtos à base da substância que são importados e utilizados no País. A medida visa garantir ações sanitárias a fim de conter os riscos para usuários do produto.
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A substância teve seu estudo autorizado pela Anvisa em julho, mas não teve eficácia comprovada até o momento. Dessa forma, a GGFIS também deverá notificar os serviços de saúde envolvidos na condução de pesquisas científicas com a proxalutamida no Brasil. Ainda, a Gerência de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegários precisa pedir a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para que informe quais são as pesquisas aprovadas com o uso da substância proxalutamida no País.
Assim como a cloroquina e a ivermequitina, a proxalutamida passou a ter seu uso defendido e exaltado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também no tratamento da Covid-19, sendo considerado por ele como mais um medicamento milagroso. No entanto, por se tratar de uma substância ainda em estudo, além de não ser acessível em farmácias, o alcance da propaganda não foi tão abrangente como o das outras duas substâncias.
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