Mãe de Paulo Gustavo compara quem desobriga uso de máscaras a "assassino"

Déa Lúcia perdeu o filho de 42 anos para a Covid-19 em maio

11:47 | Jun. 11, 2021

Por: Redação O POVO
Paulo Gustavo e sua mãe, Déa Lúcia, em foto postada no Instagram do humorista (foto: Reprodução/Instagram)

Déa Lúcia, mãe do ator Paulo Gustavo, compartilhou uma mensagem criticando a desobrigação do uso de máscaras em meio à segunda onda da pandemia de Covid-19 no Brasil. Déa perdeu o filho de 42 anos para a Covid-19 em maio. Na publicação, ela concorda que quem indicar a liberação das máscaras na situação atual pode ser comparado a um assassino.

"Um aviso: quem disser a você para deixar de usar máscara durante pandemia descontrolada é um assassino. Saia de perto, corte relações. Não presta", diz o tuíte da professora Deisy Ventura, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, compartilhado pela mãe de Paulo Gustavo. Ao reproduzir a mensagem, Déa enfatiza que "assina embaixo" e aconselha: "usem máscara, amigos"

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou nessa quinta-feira, 10, que solicitou ao Ministério da Saúde um estudo avaliando a possibilidade de desuso da máscara de proteção contra Covid-19 por quem já foi vacinado ou contraiu o coronavírus. O cenário epidemiológico do País e o ritmo da vacinação, no entanto, não estão preparados para decisão como essa, conforme afirmam especialistas.

Depois do anúncio do presidente, Marcelo Queiroga se pronunciou sobre o assunto durante entrevista em frente do Ministério da Saúde. “Queremos que [o não uso da máscara] seja o mais rápido possível, mas para isso precisamos vacinar a população brasileira e avançar”, argumentou. No fim de março, o ministro afirmou que a “pátria de chuteiras agora é a pátria de máscaras”, se referindo ao Brasil. Ele negou que houve pressão de Bolsonaro para liberar o desuso de máscaras.

O uso de máscaras é necessário mesmo após a imunização com a vacina contra a Covid-19, já que a vacina não impede a transmissão do vírus embora possa evitar o agravamento do quadro da doença. Além disso, apenas 11,06% da população brasileira recebeu a segunda dose da vacina, e há casos comprovados de reinfecção da doença.