Vereadora Benny Briolly deixa o País após receber ameaças de morte

As ameaças vêm acontecendo há cinco meses e uma das mais sérias foi manifestada por meio de um e-mail, o qual exigia que Benny renunciasse seu cargo ou seria morta em sua própria casa. Ela poderá ficar afastada das atividades presenciais da Câmara de Vereadores por até 15 dias

23:49 | Mai. 13, 2021

Por: Mateus Brisa
Benny é a primeira parlamentar transexual eleita em Niterói (foto: Reprodução/Instagram)

A vereadora Benny Briolly (Psol) precisou sair do Brasil por receber diversas ameaças de morte, conforme divulgado por sua assessoria de comunicação nesta quinta-feira, 13. Primeira parlamentar transexual eleita em Niterói, no Rio de Janeiro, ela poderá ficar afastada das atividades presenciais da Câmara de Vereadores por até 15 dias, mas continuará acompanhando as sessões virtuais.

De acordo com a nota da assessoria, as ameaças vêm acontecendo há cinco meses e uma das mais sérias foi manifestada por meio de um e-mail, o qual exigia que Benny renunciasse seu cargo ou seria morta em sua própria casa. O endereço da parlamentar estava incluído na mensagem. Nas redes sociais, desejaram que ela fosse atingida pela “metralhadora do Ronnie Lessa”, acusado de assassinar Marielle Franco.

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Saída de Benny do País foi decisão do partido para mantê-la segura, afirma o texto publicado no Instagram. “A política de ódio não vencerá e o Estado precisa garantir a integridade da vida e da atuação parlamentar de uma vereadora eleita”, disse Daniel Vieira Nunes, presidente do Psol em Niterói.

As ameaças à vereadora foram “comunicadas, informadas e oficializadas em várias instâncias do Estado brasileiro sobre a grave situação”, disse a assessoria. “Até o momento, não foram tomadas medidas efetivas que protegessem sua vida [de Benny] e seus direitos políticos”. Sua equipe também ficará responsável pela Comissão de Direitos Humanos, da Criança e do Adolescente, a qual Benny preside.