"Estou com medo de uma terceira onda porque ‘o cara’ não comprou vacina suficiente", diz Casagrande

A fala foi precedida por depoimento de desaprovação quanto à realização de partidas de futebol profissional no País atualmente

13:53 | Mai. 02, 2021

Por: Redação O POVO
Casagrande falou no Altas Horas sobre o comportamento de Jair Bolsonaro (sem partido) diante da pandemia no Brasil (foto: Reprodução/Globoplay)

Em participação no programa Altas Horas nesse sábado, 1º, o ex-jogador e comentarista Walter Casagrande, do Grupo Globo, comentou sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da pandemia de Covid-19. Casagrande afirmou ter medo de uma terceira onda do novo coronavírus no País devido à quantidade insuficiente de vacinas.

Para Casagrande, essa situação é responsabilidade de Bolsonaro. Durante sua fala, o comentarista se referiu ao presidente como “o cara”, e demonstrou indignação quanto ao que ocorre no Brasil: “Isso me machuca muito e me revolta tanto quanto as mortes que estão acontecendo. Você não vê uma palavra de conforto às famílias que tiveram perdas. O presidente não fala: ‘Lamento muito, vou tentar ajudar. Tenho empatia’. Não, não há nada disso. Isso machuca muito. Você fica olhando e pensa: 'Estou com medo de uma terceira onda, porque ‘o cara’ teve oportunidade 11 vezes de comprar vacina e não comprou em quantidade suficiente, e o povo morrendo'”, enfatizou o comentarista.

A fala de Casagrande foi precedida por seu depoimento de desaprovação quanto à realização de partidas de futebol profissional no País em meio ao atual cenário de pandemia. Para o ex-jogador, no Brasil os jogos atraem multidões de torcedores “em qualquer situação”, e lembrou de casos em que houve aglomerações no lado externo dos estádios em algumas partidas no território nacional.

“Eu faço futebol. Eu fui jogador e sou comentarista, é lógico que eu quero ter futebol para trabalhar, mas o futebol no Brasil atrai uma multidão em qualquer situação. Mesmo na pandemia estava ocorrendo jogos em que os torcedores se aglomeravam do lado de fora do estádio ou para bater palmas ou para xingar os jogadores. Isso me machuca muito”, desabafou.