Psicóloga é presa após jogar maracujá em idosa que pedia reabertura das igrejas

A mulher arremessou do 13° andar de seu prédio várias frutas congeladas e um saco de gelo contra os participantes do ato, acabando por atingir a idosa

16:57 | Abr. 12, 2021

Por: Redação O POVO
Idosa foi atendida logo após ser atingida pela fruta (foto: Marcos Garcia Tosi)

Uma psicóloga foi presa e autuada por tentativa de homicídio após jogar um saco de maracujá congelado contra uma idosa de 73 anos, que participava de manifestação pró reabertura das igrejas, batizada de Marcha da Família Cristã pela Liberdade, em Curitiba, nesse domingo, 11. Conforme informações da Gazeta do Povo, a mulher arremessou do 13° andar de seu prédio várias frutas congeladas e um saco de gelo contra os participantes do ato, acabando por atingir a idosa, que precisou ser hospitalizada. 

Segundo reportagem, o impacto do maracujá provocou ferimentos na senhora e ela foi encaminhada a uma unidade de saúde, levando pontos. Logo após o acontecimento, policiais entraram no prédio de onde as frutas foram arremessadas e localizaram a responsável pelos arremessos, que foi detida e encaminhada à Central de Flagrantes. O nome da psicóloga, de 52 anos, não foi divulgado devido "às restrições da Lei de Abuso de Autoridade".

| LEIA MAIS |

"Família Cristã": Bolsonaristas fazem ato em Fortaleza por abertura de igrejas

Ceará registra 2 mortes por Covid-19 nas últimas 24h; casos confirmados ultrapassam a 588 mil

Centro de Fortaleza tem congestionamento e filas na reabertura das lojas

Além de Curitiba, a marcha foi realizada em diversas cidades brasileiras como forma de protesto a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, de que estados e municípios poderiam proibir a realização presencial de cultos durante a pandemia. Em Fortaleza, Ceará, a manifestação se concentrou na Praça Portugal e não teve grande adesão de fiéis. 

O ato foi batizado em homenagem à Marcha da Família com Deus pela Liberdade, movimento conservador que se ergueu favorável à Ditatura Militar (1964-1985). A principal reivindicação dos manifestantes, que são em grande maioria apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é que as atividades religiosas sejam liberadas de forma presencial mesmo em meio a crise sanitária.

O pedido ocorre no momento em que o Brasil vem atingindo recordes cada vez maiores de mortes provocadas pela Covid-19. Só nas últimas semanas, o número diário de óbitos em decorrência da doença subiu para mais de três mil e chegou a ultrapassar quatro mil- um disparo trágico que tem como fundo o colapso da rede de saúde de várias cidades e o surgimento de novas variantes do vírus.