Vereador Dr. Jairinho usa fotos íntimas para desmerecer testemunha do processo
Jairinho e Monique Medeiros foram presos por suspeita de envolvimento na morte de Henry Borel; advogado de defesa alega inocência do casal
15:35 | Abr. 10, 2021
Após ser preso nesta quinta-feira, 8 de abril, por suspeita de envolvimento na morte do enteado, Henry Borel, o vereador Dr. Jairinho e sua defesa tentam desmerecer ex-namorada que é testemunha no processo, utilizando fotos íntimas depois que ela afirmou ter sido agredida por ele durante o relacionamento.
A defesa usou a imagem da mulher nua com a legenda “sou de Bangu e vereador Jairinho botou peito em mim”, em referência ao fato do então namorado ter pago a cirurgia plástica para ela. Também foi usado vídeos dos funcionários do vereador que tentavam desqualificar a mulher.
“A ex-namorada disse pra muitas pessoas que estava com ele por causa do dinheiro dele, isso a gente já sabe. Agora não entendo, há mais de oito anos isso, a pessoa vir a público agora dizer uma coisa dessa... Agora disse que tinha medo dele?", questiona um dos funcionários na gravação.
Na madrugada do dia 8 de abril, Monique Medeiros, mãe de Henry, e o padrasto levaram o menino de 4 anos ao hospital, que chegou no local sem vida. O casal havia afirmado que Henry sofreu um acidente em casa e que estava "desacordado e com os olhos revirados e sem respirar" quando o encontraram no quarto, mas os laudos médicos descartaram essa opção.
O documento informa que a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática no fígado causada por uma ação contundente (violenta). A Polícia Civil do Rio de Janeiro disse que semanas antes da morte, Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra a criança, e que a mãe tinha conhecimento das agressões.