Anvisa recebe primeiros pedidos de vacinas contra a covid-19

As solicitações foram apresentadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve dar uma resposta em dez dias

A vacina chinesa Coronavac e a de Oxford/AstraZeneca fizeram, nesta sexta-feira (8), os primeiros pedidos de autorização para seu uso emergencial no Brasil, onde a pandemia do coronavírus já deixou mais de 200 mil mortos.

As solicitações foram apresentadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve dar uma resposta em dez dias, "descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, a serem apresentadas pelo laboratório", informou a entidade em nota.

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As duas vacinas foram submetidas a ensaios clínicos no Brasil, com parceiros locais, que tramitaram os pedidos de autorização: o Instituto Butantan no caso da Coronavac e a Fundação Fiocruz no caso do imunizante desenvolvido pelo laboratório britânico AstraZeneca com a Universidade de Oxford.

O Instituto Butantan, do estado de São Paulo, informou na quinta-feira que a eficácia da Coronavac durante a fase de testes no país foi de 78% nos casos leves e de 100% na prevenção dos casos moderados e graves.

A AstraZeneca disse em dezembro que sua vacina tem uma eficácia de 70%, mas que poderia alcançar 100% com duas doses.

O governo brasileiro não estebelceu uma data de início da vacinação. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse na quinta-feira que "na melhor das hipóteses", poderia começar antes de 20 de janeiro, embora possa ser adiada para meados de fevereiro ou início de março.

O acordo com a Sinovac foi firmado pelo estado de São Paulo, cujo governador, João Doria, é visto como rival pelo presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.

Mas o Ministério da Saúde anunciou na quinta-feira que assinou um contrato com o Butantan para comprar 100 milhões de doses para incorporá-las ao plano nacional de imunização contra a covid-19.

Pequim já enviou 10,7 milhões de doses para São Paulo e suprimentos para a produção local de mais 40 milhões.

O Brasil, com quase 8 milhões de infecções, contratou a aquisição e transferência de tecnologia de fabricantes para um total de 254 milhões de doses dessa vacina.


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