"Será a vacina do Brasil", diz João Dória sobre CoronaVac após Anvisa autorizar importação
Governador de São Paulo disse que o imunizante será produzido pelo Instituto Butantan, na capital paulistaO debate sobre a importação da vacina contra a Covid-19 produzida na China continua no Brasil. Na tarde deste sábado, 24, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), comemorou a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar o antídoto elaborado pela biofarmacêutica Sinovac Biotech.
Pelo Twitter, Dória agradeceu ao que chamou de “postura coerente e autônoma da Anvisa, que liberou a compra inicial de 6 milhões de doses da CoronaVac”.
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A discussão sobre a vacina virou um “Fla-Flu” entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e João Dória. Ao longo da semana, o ocupante do cargo mais alto do Executivo Nacional desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de importar o imunizante.
Na terça-feira, 20, o Ministério da Saúde assinou protocolo para aquisição de 46 milhões de doses da CoronaVac. Entretanto, menos de 24 horas depois, o acordo, que veio após reunião entre Pazuello e governadores, foi desautorizado por Bolsonaro.
O presidente publicou no Twitter suas opiniões sobre a “vacina chinesa de João Dória”. “Qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa”, escreveu.
Bolsonaro ainda completou, dizendo que “o povo brasileiro não será cobaia de ninguém”.
Já nessa sexta-feira, 23, a Anvisa liberou a importação de 6 milhões de doses da vacina, que ainda não teve autorização para ser aplicada e está na terceira fase de testes – esta é a última etapa antes da aprovação. Com isso, o Butantan receberá a tecnologia chinesa para a produção da vacina.
“Reforçamos a importância da liberação de insumos para a produção das outras 40 milhões de doses. A CoronaVac será produzida em São Paulo, no Butantan. Será a vacina do Brasil”, reforçou o governador João Dória.