Estudo da USP indica que Covid-19 pode deixar sequelas no sistema imunológico ao matar células de defesa

Os resultados precisam agora ser analisados pela comunidade científica

Um artigo publicado como prévia, conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, indica que o vírus da Covid-19 pode deixar sequelas no sistema imunológico das pessoas infectadas.

O estudo é uma pré-publicação que está disponível em uma plataforma de compartilhamento de dados científicos. Ele ainda está em fase de revisão pela comunidade científica, mas de todo modo aponta para o potencial impacto da Sars-CoV-2 no ser humano.

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Os pesquisadores informam que o novo coronavírus pode infectar e até matar diferentes tipos de células de defesa do organismo, ou seja, os linfócitos. Pacientes em estado grave graças à Covid-19 foram identificados com linfopenia, que é a queda acentuada de linfócitos.

Com isso, amostras de sangue de voluntários sadios foram incubadas com o vírus da Covid-19 durante dois dias, período em que foi comprovada a infecção. A pesquisa também mostra que houve replicação do vírus no interior do próprio sistema imunológico das amostras.

Após análise, os pesquisadores afirmam que os monócitos – células do sangue que fazem parte do sistema imunológico – foram os mais suscetíveis ao novo coronavírus, com infecção em 44% delas.

Os próximos passos dos pesquisadores é entender o efeito posterior que a infecção das células de defesa podem ocasionar em pacientes que já se recuperaram da doença.

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