"Que morram antes da vacina chegar", diz padre sobre fiéis que não estão indo às missas por medo do coronavírus
A declaração foi dirigida para fiéis que não se enquadram nos grupos de risco e que, na visão do padre, estão usando a pandemia como desculpa para se afastar da Igreja
07:53 | Ago. 25, 2020
A missa dominical da paróquia São João Batista, em Visconde do Rio Branco, no estado de Minas Gerais, ganhou destaque nacionalmente após o padre Antônio Firmino Lopes Lana desejar a morte aos fiéis que não estavam comparecendo às missas. A declaração foi dirigida para fiéis que não se enquadram nos grupos de risco e que, na visão do padre, estão usando a pandemia como desculpa para se afastar da Igreja.
Caso ocorreu neste domingo, 23, enquanto a missa era transmitida ao vivo pelo perfil da própria paróquia. Ao comentar sobre as medidas de distanciamento e higienização implementadas na igreja a fim de prevenir a Covid-19, o padre Antônio teceu comentários sobre aqueles fiéis que não estavam presentes na missa. “Cristãos de araque, de meia tigela. Não valem nada!”, esbravejou.
Ele disse ainda que muitos procuravam se justificar alegando medo do novo coronavírus. “Engraçado, tem saúde, tem tudo, e dizem ‘Eu só vou na igreja quando tiver vacina’. Tomara que não apareça vacina para essas pessoas ou que morram antes da vacina chegar”, afirmou o padre.
Nos comentários da transmissão aos fiéis, diversos católicos concordavam com as afirmações do padre e o elogiavam enquanto outros repudiaram os comentários e estavam exigindo uma ação por parte da paróquia contra o padre.
As declarações ocorreram próximos ao fim da live, que durou cerca de 1h10min. No início, durante o sermão, ele ainda teceu comentários sobre a situação da menina de 10 anos que realizou um aborto, amparado pela constituição, após ter sido estuprada pelo tio durante quatro anos.
Padre Antônio Firmino condenou completamente a interrupção da gravidez e condenou os fiéis que estavam apoiando o aborto, em razão do feto ter sido fruto de sucessivos estupros. O padre pontuou que o feto tinha direito à vida assim como o estuprador e que a existência do feto seria uma "dádiva divina" para a criança e para o mundo. Ele alegou ainda que o homem não deveria intervir nos planos de vida de Deus.