Com malária, Camila Pitanga escreve depoimento e elogia o SUS
Atriz suspeitava de Covid-19, mas testes deram negativo; diagnóstico e tratamento da malária foram feitos pela rede pública de saúdeA atriz Camila Pitanga publicou em seu perfil no Instagram, na noite desta segunda-feira, 10, depoimento sobre diagnóstico de malária que recebeu. A artista relatou que, em primeiro momento, suspeitou estar com coronavírus, mas o teste para a doença deu negativo. A Covid-19 já infectou mais de 3 milhões de pessoas e levou mais de 101 mil a óbito somente no Brasil.
Aconselhada por uma amiga, Camila conversou com médicos infectologistas sobre a possibilidade de estar com malária. A suspeita surgiu devido aos sintomas e ao local onde está realizando quarentena, área de Mata Atlântica — a malária é transmitida por mosquitos do gênero Anopheles, comuns nessas regiões.
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Um dos médicos orientou a atriz a procurar o Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, vinculado à Universidade de São Paulo (USP). Vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), o local tem estrutura para diagnóstico de doenças pouco comuns, como era o caso.
Além de Camila, a filha da atriz, Antônia, também foi diagnosticada com malária. Elas realizaram os exames e o tratamento pelo próprio HC, por meio rede pública de saúde.
No texto, ela agradeceu à equipe responsável pelo atendimento e salientou a importância da saúde pública, especialmente no contexto da pandemia de coronavírus: "Estamos num país onde uma doença matou mais de 100 mil pessoas em poucos meses. Esse número poderia ser o triplo ou mais se não fosse o SUS", disse.
Sintomas e diagnóstico da malária
A malária é uma doença que, embora seja menos comum atualmente, permanece como perigo, sendo endêmica em regiões tropicais. São registrados mundialmente cerca de 200 milhões de casos da doença por ano, com mais de meio milhão de mortes.
Os principais sintomas são febre, fadiga, vômitos e fortes dores de cabeça, que começam cerca de 10 a 15 dias após a picada do mosquito contaminado. Casos mais graves podem apresentar também icterícia (pele amarelada), devido à falência do fígado (onde o protozoário responsável pela malária se aloja no corpo), convulsões e coma, podendo levar à morte. Infecções leves de malária podem se curar sozinhas, mas tendem a reaparecer após alguns meses.
O diagnóstico e o tratamento, no Brasil, podem ser feitos gratuitamente pelo SUS. Casos menos graves podem ser curados com medicação oral e sem necessidade de internação, enquanto infecções de alta complexidade podem chegar a necessitar do uso de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e remédios por via intravenosa.
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