Ifood disponibiliza texto no próprio aplicativo para rebater críticas após manifestação de entregadores
O aplicativo afirma que, no Brasil, a cada 100 pedidos de delivery, apenas 10 são feitos por meio de aplicativosEm diversas capitais, milhares de entregadores realizaram manifestações e aderiram à paralisação nesta quarta-feira, 1º. Em reposta, a empresa Ifoof disponibilizou dentro do próprio aplicativo um comunicado sobre as críticas dos entregadores, como o aumento do pagamento das corridas por quilômetro rodado e o aumento do valor mínimo da corrida. O texto chamado "abrindo a cozinha" explica o funcionamento da empresa e relação com os funcionários.
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O aplicativo afirma que, no Brasil, a cada 100 pedidos de delivery, apenas 10 são feitos por meio de aplicativos. Dentro de número, acrescenta que 70% dos pedidos feitos dentro do sistema da empresa são entregues pelo próprio restaurante. Entre outros dados, levantados pelo Instituto Locomotiva, a empresa defende que 9 em cada 10 entregadores que utilizam o app do iFood valorizam ter flexibilidade de horário e liberdade para compor sua renda, ressaltando que eles são "livre para entregar via app do iFood quando, como e onde quiser".
A empresa comenta que, em maio de 2020, um entregador ganhou em média R$ 21,80 por hora trabalhada e que o valor mínimo pago por entrega é de 5 reais, que geralmente é pago para os pedidos mais próximos. Disse ainda que "nos meses de abril a junho" o iFood dobrou a gorjeta, que "é sempre repassada 100% ao entregador e nenhum valor é retido pelo iFood".
Em período de pandemia, uma das pautas da mobilização foi o pedido de garantia de máscaras e álcool gel para evitar o contágio do novo coronavírus. Em reposta, o aplicativo de entregas ressaltou que criou fundos para proteger entregadores do grupo de risco e para os que apresentam sintomas da Covid-19. Disponibilizou também um "plano de vantagens em saúde", com consultas no valor R$19,90. O iFood afirma ainda que já distribuiu mais de 800 mil itens de proteção aos motociclistas e ciclistas, entre máscaras e álcool em gel. A demora na entrega dos equipamentos foi, entretanto, questionada pelo movimento "Entregadores Antifascistas".
Em entrevista à emissora CNN, nesta quarta-feira, 1º, o vice-presidente de estratégia e finanças do iFood, Diego Barreto, afirmou que a empresa vê a greve dos entregadores como "justa", mas afirma que não é possível verificar a participação dos entregadores em cada aplicativo e somar uma jornada de trabalho. Isso porque, segundo ele, muitos entregadores usam vários aplicativos ao mesmo tempo.
De acordo com ele, a organização teria de ser regulada pelo Estado e que a sistematização é "própria de uma função de Estado", e só assim seria possível continuar um diálogo que é "flexível com a economia de compartilhamento". As informações são do portal UOL.
O iFood explicou também que não vai afastar os entregadores por participar de manifestações. "Defendemos e respeitamos o direito previsto em lei", comentaram. O texto e as informações podem ser conferidas ao entrar no aplicativo>perfil>notificações>abrindo nossa cozinha para você ou entrando na página institucional.