Nuvem de gafanhotos é registrada na Argentina e pode chegar ao Brasil
A cidade de Corrientes, que faz fronteira com o Oeste do Rio Grande o Sul, está em estado de atenção ao problema
17:17 | Jun. 23, 2020
O Governo da Argentina confirmou a presença de uma nuvem de gafanhotos, vinda do Paraguai, que avança em cidades do País. As províncias de Formosa, Chaco e Santa Fé estão sendo afetadas, regiões onde há uma grande produção de mandioca, milho e cana de açúcar. A nuvem vai em direção a Entre Rios e Córdoba. A cidade de Corrientes, que faz fronteira com o Oeste do Rio Grande o Sul, está em estado de atenção devido ao registro problema, estabelecido pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), da Argentina, que também monitora a fronteira com o Brasil.
#Alerta #Langosta #SantaFe
Equipos #langosteros dieron apoyo a los productores del paraje El Algarrobal, del distrito de Lanteri, que realizaron acciones para disminuir la población de la manga de langostas. pic.twitter.com/hQwg9w5DLY
O Governo argentino afirmou que a nuvem já destruiu algumas lavouras de milho, e que essa nuvem teria chegado à Argentina no fim de semana passado. Também afirmam que os animais não causam danos às pessoas, podendo trazer riscos para plantações e pastagens.
Héctor Medina, da Senasa, afirmou que, por conta de altas temperaturas e do vento, a nuvem de gafanhotos já se moveu cerca de 100 quilômetros em um dia, as espécies são de gafanhotos sul-americanos e em um quilômetro quadrado pode conter até 40 milhões de insetos, nas áreas afetadas, que podem consumir o mesmo que 35 mil pessoas, de acordo com o especialista. Ele também afirma que em anos anteriores, já ocorreram situações semelhantes, e era, para o órgão, previsível que acontecesse novamente neste ano. Ele conta que estão tentando acompanhar a situação.
A Senasa afirmou que estão avaliando as medidas que devem ser tomadas para conter a nuvem de gafanhotos, e estão estudando o comportamento dos animais. O órgão também afirma que, com a chegada de um tempo com temperaturas mais baixas e quadras chuvosas podem ajudar a conter o movimento da nuvem.