Aprovação de medida provisória favorece aumento de desmatamento na Amazônia, alerta Greenpeace

As forças armadas atuarão na Amazônia para combater desmatamento ilegal e focos de incêndio na região

 

Diante das informações sobre desmatamento divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Greenpeace alertou para a urgência em não aprovar a Medida Provisória (MP) 910/2019. Para os ambientalistas, a medida incentiva o roubo de terras públicas, também chamada de grilagem, e pode gerar um número ainda superior de desmatamento da floresta.

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“Se aprovada, permitirá que um pedaço gigantesco de terras públicas invadidas e desmatadas na Amazônia seja legalizado, tornando-se a maior anistia para roubo de terra pública desde o fim da ditadura militar no País”, defendeu Rômulo Batista, da campanha da Amazônia Greenpeace Brasil.

Esse período do ano é historicamente marcado por uma redução do nível de desmatamento da floresta devido à maior incidência de chuvas. Esse fator foi somado à pandemia do novo coronavírus, que restringiu a circulação em vários estados do País. Mas, ainda assim, os crimes continuam acontecendo.

Abril registrou 24,2% mais alertas do que o mês anterior. Somente entre janeiro e abril deste ano o aumento dos alertas de desmatamento é de quase 55,5% em relação ao mesmo período do último ano, segundo dados do Inpe. “Não bastasse a ameaça de levar o vírus aos povos indígenas, desmatadores e grileiros estão se sentindo ainda mais impulsionados para cometer seus crimes”, lamenta Rômulo.

Nessa quinta-feira, 7, o presidente Jair Bolsonaro autorizou a atuação das Forças Armadas, em operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), no combate ao desmatamento ilegal e a focos de incêndio na Amazônia Legal. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União.

Os militares atuarão no período de 11 de maio a 10 de junho em ações preventivas e repressivas na faixa de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais nos estados da região. As ações ocorrerão de forma articulada com os órgãos de segurança pública e as instituições públicas de proteção ambiental.

Com Agência Brasil


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