Deputado do PSL reage contra movimento feminista: "Quem não gosta de ser assediado?"
Parlamentar de Santa Catarina, Jessé Lopes usou o Facebook para criticar a campanha "Não é Não", feita por um coletivo do EstadoO deputado estadual Jessé Lopes, do Partido Social Liberal (PSL) de Santa Catarina, se manifestou em sua conta no Facebook contra movimento do Coletivo Feminista do Estado, que busca doações para confeccionar tatuagens com a frase “Não é Não” e distribuir no Carnaval. A postagem, feita no último sábado, 11, causou repercussão na internet.
“Não sejamos hipócritas! Quem, seja ou homem ou mulher, não gosta de ser assediado?”, indaga Jessé na publicação. Ele considerou a campanha como “extremista” e afirmou que as mulheres já conquistaram todos os direitos necessários, tendo muitas vezes até “mais do que os homens”. Segundo afirmou, a pauta feminista estaria tentando "tirar o direito da mulher de ser assediada”.
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Nos comentários da publicação mulheres se manifestaram pedindo respeito e alguns homens chegaram a apoiar o deputado, o parabenizando pela atitude. Jessé ainda realizou postagens em sequência, reforçando o argumento utilizado ao alegar que o movimento feminista teria "transformado tudo em problema".
Bastante criticado, o deputado escreveu uma nota se defendendo. No texto, ele alega que usaram sua postagem de maneira oportunista e que a palavra “assédio”, entre aspas, significa “paquera e cantada”. Ao justificar o uso do termo, ele pontua ainda que, para as pessoas que o criticam, só vale a narrativa de que ele é um "apologista do assédio".