ANA: vazão de usina pode evitar contaminação de óleo no São Francisco
Nesta semana, foram encontradas manchas de óleo na foz do rio São Francisco em Alagoas
20:03 | Out. 11, 2019
A Agência Nacional de Água (ANA) disse nesta sexta-feira, 11, que existe a possibilidade de se usar as águas do rio São Francisco para evitar a contaminação do próprio rio pela mancha de petróleo avistada em diversas localidades do litoral da Região Nordeste.
Nesta semana, foram encontradas manchas de óleo na foz do rio São Francisco em Alagoas.
Segundo a ANA, existe a possibilidade de aumentar a vazão da usina hidrelétrica de Xingó no Rio São Francisco, na divisa entre Alagoas e Sergipe, de 800 metros cúbicos por segundo (m³/s), para 1.300 m³/s, caso seja identificado risco de contaminação da água do rio na região próxima à foz pelo óleo disperso no litoral nordestino.
Cabe ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificar a possibilidade de contaminação da água do São Francisco.
A distância entre a hidrelétrica de Xingó e a foz do rio é de 179 quilômetros. O aumento de volume de água na foz será percebido 50 horas após o aumento da vazão.
“Para que o aumento da vazão em Xingó possa acontecer, a água precisará ser liberada pela barragem da hidrelétrica de Sobradinho (BA), a maior na calha do Rio São Francisco, que está a montante [acima] de Xingó e a 747,8 km da foz”, diz nota da ANA.
A ANA assegura que o eventual aumento da vazão em Xingó causará incremento na geração hidrelétrica na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, “sem comprometer a segurança hídrica na região”.