Óleo nas praias do Nordeste: naufrágio e derramamento acidental estão entre hipóteses investigadas
De acordo com o Ibama, 132 localidades em nove estados já foram atingidas. Em seu último boletim, o instituto contabiliza dez animais mortos por contato com o óleo
10:22 | Out. 09, 2019
Responsável pelas investigações sobre a origem do óleo que atinge praias em toda a região Nordeste, a Marinha afirma que entre as hipóteses investigadas estão naufrágio ou derramamento acidental do petróleo cru. Por outro lado, são consideradas remotas as possibilidades de vazamento de petróleo do subsolo ou lavagem de tanque em navios, uma vez que há um grande volume de óleo recolhido nas praias atingidas.
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Nessa terça-feira, 8, a Marinha informou que conta com cinco navios e uma aeronave para patrulhar a região em busca das causas do vazamento. O esforço envolve 1.583 pessoas e conta também com embarcações e viaturas das capitanias dos portos estaduais.
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As investigações do Centro Integrado de Segurança da Marinha (Cismar) identificaram a presença de 140 navios-tanque durante o mês de agosto na área analisada. Aqueles com carga de características compatíveis com petróleo cru foram notificadas a prestar esclarecimentos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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A Marinha abriu um inquérito para investigar a ocorrência, que classifica como "inédita", já que "atinge grande parte de nosso litoral". A Polícia Federal atua na área criminal e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) coordena os trabalhos de recolhimento do petróleo nas praias.
Os primeiros relatos da presença de óleo na região foram confirmados no dia 2 de setembro, mas até agora sua origem permanece um mistério. De acordo com o Ibama, 138 localidades em 62 municípios dos nove estados nordestinos já foram atingidas. Em seu último boletim, o instituto contabiliza dez animais mortos por contato com o óleo.