Governo de São Paulo quer endurecer regras contra alunos que agridem professores

Discussão vem à tona após alunos terem agredido professora na última semana

12:35 | Jun. 05, 2019

Por: O Povo
Discussão vem à tona após alunos terem agredido professora na última semana em sala de aula (foto: Reprodução)

A Secretaria da Educação de São Paulo quer endurecer as regras contra alunos que agridem professores. A discussão foi intensificada após alunos terem arremessado objetos contra uma professora e destruído uma sala de aula em escola de Carapicuíba, na última quinta-feira, 30. Dez alunos envolvidos serão transferidos, sendo que oito foram apreendidos pela Polícia Civil.

Vídeo que circula nas redes sociais mostra alunos arremessando livros e cadeiras contra uma professora na Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira. Secretário da Educação, Rossieli Soares afirmou na manhã desta terça-feira, 4, que o Governo Estadual não irá aceitar vandalismo nas unidades de ensino.

“Nós estamos pensando em um projeto de lei para endurecer, buscar a responsabilização das famílias e jovens que se envolverem e ameaçarem professores”, declarou.

Nove adolescentes envolvidos, que estão matriculados no 7º ano do ensino fundamental, foram ouvidos na sede do Ministério Público em Carapicuíba, que fica na Grande São Paulo. Em seguida, serão encaminhados para a Vara da Infância e Juventude, onde juiz vai definir as medidas socioeducativas que os jovens terão de cumprir. Até o momento providências não foram divulgadas.

O Conselho Tutelar acompanha e a Polícia Civil investiga o caso. Peritos estiveram na escola para elaborar estudo sobre a estrutura física do prédio.

Em São Paulo, o número de agressões a professores cresceu 73% em 2018, na comparação com 2017, segundo levantamento da GloboNews. No ano passado, houve 434 agressões a professores da rede estadual.

À GloboNews, uma das mães dos alunos suspensos aceitou conversar sob a condição de anonimato. Ela afirmou que nunca havia sido avisada pela escola sobre o comportamento do filho. “Nós estamos acompanhando pelas redes sociais nossos filhos serem massacrados como marginais e nós acusados de uma má educação, mas eu queria deixar registrado que ninguém é de acordo com o vandalismo que houve dentro da escola”, afirmou.