Aeronave que levava Gabriel Diniz não tinha autorização para táxi aéreo
Cantor e mais dois ocupantes do avião morreram na tarde desta segunda-feira, 27A aeronave modelo Piper PA-28-180, prefixo PT-KLO, que caiu na tarde desta segunda-feira, 27, não tinha autorização para fazer táxi aéreo. O avião transportava o cantor Gabriel Diniz, 28, e mais duas pessoas. Todos morreram após o acidente, em uma região de mangue, na localidade de Porto do Mato, em Estância, litoral do Sergipe.
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De acordo com informações coletadas no site da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), o avião monomotor foi fabricado em 1974, era de propriedade do Aeroclube de Alagoas e foi registrado para instrução privada de pilotos. A operação para táxi aéreo aparece como "negada" no site do órgão.
Segundo o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil, esse tipo de registro permite o uso "apenas na instrução, treinamento e adestramento de voo pelos aeroclubes, clubes ou escolas de aviação civil proprietárias ou operadoras da aeronave, podendo ser usada, ainda, para prestar tais serviços à pessoal de outras organizações sob contrato aprovado pela Anac".
Ainda conforme a Agência, o avião estava penhorado pela Justiça, o que não impede o uso. O Certificado de Aeronavegabilidade e a Declaração de Inspeção Anual de Manutenção também estavam regularizados, com validade até 31 de março de 2020.
O caso deve ser investigado por meio do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), órgão ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), responsável por apurar causas do acidentes aéreos ocorridos no Nordeste do Brasil e traçar estratégias de prevenção.