Chico Buarque recebe o Prêmio Camões pelo conjunto da obra
18:25 | Mai. 21, 2019
O compositor, cantor, dramaturgo e escritor carioca Chico Buarque, 74 anos, é o ganhador do 31º Prêmio Camões. O prêmio foi concedido hoje (21) e levou em consideração o conjunto da produção literária do artista.
Considerado o principal prêmio de literatura em língua portuguesa, o Camões foi instituído em 1989 pelo Brasil e por Portugal. De acordo com o Ministério da Cultura de Portugal, a escolha reconhece anualmente “escritor cuja obra contribua para a projeção e o reconhecimento da língua portuguesa”.
Chico Buarque estreou como escritor de ficção em 1974, com a novela Fazenda Modelo. Em 1979, publica o livro infantil Chapeuzinho Amarelo. O primeiro romance, Estorvo, foi lançado em 1991. Quatro anos depois lança o segundo Benjamin. Em 2003, publica Budapeste; em 2009, Leite Derramado e em 2014, Irmão Alemão. Ele escreveu as peças de teatro Roda Viva (1968); Calabar (1972); Gota D’Água (1974), e Ópera do Malandro (1978).
O autor é o 13º brasileiro a receber o prêmio que já foi conferido, entre outros, a Raduan Nassar (2016), Ferreira Goulart (2010), Lygia Fagundes Telles (2005), e Jorge Amado (1994). Veja a lista completa de ganhadores.
A premiação foi anunciada pela Biblioteca Nacional pelas redes sociais. O júri da 31ª edição do Prêmio Camões se reuniu na sede da biblioteca no Rio de Janeiro nesta terça-feira. Chico Buarque vai receber 100 mil euros pelo prêmio.
O júri foi formado por Manuel Frias Martins, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e presidente da Associação Portuguesa de Críticos Literários; Clara Rowland, professora associada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; Antonio Cícero, ensaísta brasileiro e poeta; Antonio Hohlfeldt, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Ana Paula Tavares, poeta angolana e professora universitária em Lisboa (Angola); Nataniel Ngomane, professor da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique.