Homem que matou mulher trans cearense em SP será acusado de feminicídio
De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor, o acusado cometeu o crime com emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por menosprezo e discriminação à condição da vítima - este último trecho sendo parte da Lei do FeminicídioO Ministério Público de São Paulo aceitou nessa segunda-feira, 13, a denúncia contra Jonatas Araújo dos Santos pela morte de Larissa Rodrigues da Silva, mulher transexual cearense que foi morta no último dia 4 em São Paulo. De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor, o acusado cometeu o crime com emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por menosprezo e discriminação à condição da vítima - este último trecho sendo parte da Lei do Feminicídio.
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Larissa, que tinha 21 anos, era natural de Fortaleza e havia saído de casa há pelo menos quatro anos, quando buscava ajudar financeiramente a família. Ela foi assassinada à pauladas em São Paulo no início do mês.
Segundo as informações incluídas na denúncia, Larissa estava na região da Avenida Indianópolis, zona sul da capital paulista, com o objetivo de fazer programas sexuais. Jonatas chegou de carro no local e discutiu com a vítima e uma amiga que estava com ela, dizendo apenas que "havia sido roubado". As duas retrucaram, afirmando não saberem nada a respeito de qualquer roubo, pois nem o conheciam. O acusado, então, seguiu com seu carro para longe das duas mulheres.
"Ocorre que, poucos minutos depois, caminhando sorrateiro, o denunciado novamente se aproximou da ofendida e de sua amiga e, sem nada dizer, começou a desferir golpes na cabeça da vítima com um pedaço de madeira de cerca de um metro de comprimento que trazia nas mãos, com a intenção de matá-la", diz a denúncia.
Larissa ainda teria conseguido correr, atravessando a rua, mas o réu a seguiu e desferiu vários outros golpes em sua cabeça, até derrubá-la na calçada oposta. Jonatas ainda correu na direção da amiga, mas fugiu do local após não conseguir alcançá-la. Ele usou seu carro, que estava estacionado nas imediações. Larissa morreu no local.
"É inquestionável que o investigado empregou meio cruel para matar a vítima, pois, ao golpeá-la na cabeça várias vezes com um pedaço de madeira, provocou-lhe intenso e desumano sofrimento, muito além do necessário à obtenção do resultado morte", afirmou o promotor.
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