Irmã de trans cearense assassinada em São Paulo pede por justiça: "Destruiu a nossa família"
Em entrevista à rádio O POVO CBN, a irmã de Larissa contou que ela, a mãe e o irmão estão em busca de respostas sobre o crime "Até agora a gente não têm certeza de nada", disseO clamor da família de Larissa Rodrigues, cearense assassinada em São Paulo no sábado, 4, é um só: justiça. A jovem transexual, que saiu de casa há quatro anos, era a principal provedora dos familiares que ficaram em Fortaleza. Em entrevista à rádio O POVO CBN, Rosana Rodrigues, a irmã de Larissa, contou que ela, a mãe e o irmão estão em busca de respostas sobre o crime ."Até agora a gente não têm certeza de nada", disse.
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"Ela era a base da casa", afirma irmã de trans cearense Larissa Rodrigues
Larissa, que tinha apenas 21 anos, foi morta a pauladas no bairro da Saúde, região nobre de São Paulo. Filha mais nova, ela costumava enviar dinheiro para a família e representava o principal sustento da casa "Agora a gente não tem mais com quem contar, ela era a base da casa", contou Rosana, irmã de Larissa.
Conforme relatou em entrevista à rádio, a família ainda não recebeu informações referentes à investigação e possíveis suspeitos. "Não sabemos de nada no momento, se foi 'puxado' [sic] câmeras, se foi encontrada a pessoa que fez isso, o monstro que fez isso com a minha irmã", afirmou. Para Rosana, também há a preocupação de que, caso siga impune, o agressor venha a cometer outro crime, "Se essa pessoa não for pega, não pagar pelo o que ela fez, ele vai continuar fazendo com outras famílias, destruindo e fazendo chorar".
Emocionada, a irmã contou sobre a proximidade de Larissa com a família. De acordo com Rosana, Larissa deixou a família em Fortaleza e seguiu para São Paulo há cerca de quatro anos, quando tinha apenas 17, mas visitava a família a cada três meses. "Datas comemorativas, Larissa nunca passou distante. E próximo ao Dia das Mães, né?", lamentou.
Enquanto aguardava a chegada do corpo, que estava sendo transladado de São Paulo para Fortaleza na tarde desta segunda-feira, 6, os parentes cobravam respostas das forças de segurança. "O que eu quero mais é pedir que ele (agressor) pague pelo o que fez. (...) A minha irmã era uma pessoa boa, de bom coração, que gostava de ajudar as pessoas. Ele tem que pagar".
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