Burger King ironiza Bolsonaro por veto em campanha; presidente responde indiretamente no Twitter

Após vídeo lançado em redes sociais, em que a rede de fast-food recruta elenco que se encaixe no perfil vetado pelo presidente em propaganda, a tag #BoicoteBurgerKing se tornou um dos assuntos mais comentados do Brasil no Twitter neste sábado, 4
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A rede de fast-food Burger King lançou uma campanha, nesta sexta-feira, 3, onde convoca pessoas que se encaixem nos perfis que apareciam no comercial do Banco do Brasil, vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), no último mês. Na tarde deste sábado, 4, o presidente respondeu indiretamente à iniciativa do BK, no Twitter, alegando que qualquer empresa privada tem liberdade para promover seus valores e ideologias, só não pode utilizar o dinheiro dos trabalhadores para isso.

A propaganda censurada do Banco do Brasil era dirigida ao público jovem e contava com perfis que apresentavam diversidade racial e sexual. Não foi a primeira vez que o presidente vetou conteúdos que vão contra seus valores. 

“O Burger King está recrutando pessoas para seu novo comercial. Para participar, basta se encaixar nos seguintes requisitos: ter participado de um comercial de banco que tenha sido vetado e censurado nas últimas semanas. Pode ser homem, mulher, negro, branco, gay, hétero, trans, jovem, idoso.”, é o que diz a legenda do vídeo lançado pela empresa. Mesmo sem citar o nome de Bolsonaro ou do banco de forma explícita, o público sentiu que a ação é uma resposta à decisão do presidente.

O anúncio da campanha foi publicado nas redes sociais da rede de fast-food e as pessoas se mostraram divididas. Alguns parabenizam a posição da empresa, outros chamam de “jogada de marketing”, além dos que defendem o boicote. No Twitter, a tag #BoicoteBurgerKing é o assunto mais comentado do Brasil no momento. O vídeo publicado já tem mais de 400 mil visualizações e parte do público aguarda ansiosamente sua veiculação.

Conhecido por abordar temáticas como essa, o Burger King já fez comerciais com drag queens, trisal e questionou o voto em branco. A campanha vetada era protagonizada por pessoas negras e lgbt’s, em uma representação da diversidade do Brasil. O foco era divulgar o serviço de abertura de banco pelo aplicativo do banco, mas, com duas semanas no ar, o presidente pediu a retirada do conteúdo, sem uma explicação oficial.

Confira o vídeo da campanha:

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