Gaeco faz operação para prender líderes do PCC em São Paulo
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público faz hoje (3) uma operação contra facções criminosas de São Paulo, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC). A Operação Jiboia – nome escolhido porque o objetivo é "estrangular" a organização criminosa – ocorre em 19 cidades e envolve cerca de 500 policias militares.
A polícia cumpre 50 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão. Até o final da manhã, ao menos 13 pessoas foram presas em flagrante delito e um adolescente foi apreendido. Os agentes encontraram R$ 1 milhão em dinheiro vivo, sete armas, mais de 50 celulares, quatro balanças utilizadas para pesar droga, anotações da facção e sete veículos.
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Segundo o MP, parte dos alvos dos mandados de prisão atuavam no comando da facção nas ruas, ocupando o lugar de outros líderes que foram presos.
A ação do Gaeco foi planejada após transferência de lideranças para presídios federais, fora do estado de São Paulo, após decisão judicial no início deste ano.
Os acusados tinham como função o cadastramento de armas, o recolhimento de dinheiro para a organização, a realização de julgamentos dos tribunais do crime, além da coordenação de inteligência. Os mandados foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Guarujá, Bertioga, Campinas, Sorocaba, Tatuí, Itapetininga, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Cravinhos, Matão, São José do Rio Preto, Jales, Fernandópolis, Votuporanga, Cardoso, Tanabi, Mirassol e Barretos.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, cuja pena é de três a oito anos de prisão, tráfico de drogas (cinco a 15 anos de pena), associação ao tráfico (três a dez anos de pena), sequestro e cárcere privado (dois a oito anos de pena) e lavagem de dinheiro (três a dez anos de pena).