Bolsonaro defende investigação contra Bebianno e diz que não ligou para ministro durante internação

Presidente disse que deu carta branca à Polícia Federal para investigações relacionadas às denúncias feitas pela Folha de São Paulo ao secretário-geral da Presidência

Em entrevista ao Jornal da Record, exibida nesta quarta-feira, 13, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que deu carta branca à Polícia Federal para investigações relacionadas às denúncias feitas pela Folha de São Paulo ao secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno (PSL). De acordo com o jornal, Bebianno teria envolvimento no uso de candidatos do partido como laranjas na campanha eleitoral de 2018.

O presidente chegou a dizer que possui um compromisso com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e que tem interesse em investigar as denúncias de corrupção e lavagem dinheiro apontadas pela Folha. De acordo com o chefe do Planalto, caso a investigação descubra o envolvimento de Bebianno, ele teria que “voltar às suas origens”.

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A respeito da crise partidária gerada pelas denúncias, Bolsonaro declarou que os membros do PSL “têm que ter consciência". E disse, ainda, que apenas uma pequena parte do partido estaria envolvida na operação, ocasião em que reiterou a discordância do que supostamente pode ter ocorrido. “Não podemos concordar”, afirmou.

Sobre a suposta ligação feita por Bolsonaro a Bebianno quando ainda estava internado, o presidente reiterou versão apresentada pelo filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), no Twitter. “Mentira”, afirmou o presidente.

Após a exibição da entrevista, Jair Bolsonaro publicou trecho da conversa que teve com o repórter Eduardo Ribeiro no perfil que mantém no Twitter:

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 14 de fevereiro de 2019

Mourão no exercício da presidência

Durante a entrevista, o presidente chegou a comentar episódios ocorridos durante os 17 dias em que esteve internado no Hospital Albert Einstein para realização de cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e retirada de bolsa de colostomia.

De acordo com ele, o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), exerceu a presidência com “certa tranquilidade”. Ele chegou a mencionar que o general dá “escorregadas” com a imprensa, mas admitiu que ele mesmo passou por isso. “Eu já dei muita canelada no passado”, comentou.

Reforma da Previdência

Questionado sobre a reforma da Previdência, Bolsonaro disse que vai “bater o martelo” sobre o assunto nesta quinta-feira, 14, data em que serão decididas as idades necessárias para solicitação da aposentadoria. Ele disse, ainda, que não gostaria de realizar a reforma, mas disse que seria necessário dar encaminhamento ao projeto para o país não “quebrar”.

Redação O POVO Online 

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