Foto de menino na virada do ano em Copacabana repercute nas redes sociais
O autor do retrato diz que a imagem permite várias interpretações que, ao seu ver, são todas legítimas
12:50 | Jan. 02, 2018
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Um retrato de uma criança feito pelo fotógrafo Lucas Landau, que cobriu o réveillon pela agência de notícias Reuters, ganhou repercussão nas redes sociais. O garoto acompanhava a queima de fogos no mar da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no momento em que foi clicado pelo profissional. Até o momento desta publicação, a postagem tinha mais de 20 mil reações e 5.836 compartilhamentos. A informação é do portal O Globo.
Na legenda da foto, Landau diz que devido à repercussão, acha válido explicar o que se passou. Ele relata que perguntou a idade da criança - que tem 9 anos - e depois o nome, mas o barulho dos fogos e da multidão não permitiu que o profissional escutasse. Ele diz ainda que o menino acabou ficando distante das pessoas, visto que estava dentro do mar gelado. Landau não sabe se ele estava sozinho ou com a família.
O fotógrafo afirma que a imagem permite várias interpretações que, ao seu ver, são todas legítimas. "Existe uma verdade, mas nem eu sei qual é. Me avisem se descobrirem quem é o menino, por favor", pede o profissional.
Nos comentários, muitos internautas elogiaram a fotografia. Um deles disse que o retrato é carregado de subjetividade "e isso é maravilhoso, porque permite inúmeras interpretações". Outro comenta que o "guri é a criança que existe em todos nós. Sem grandes expectativas, aproveitando cada segundo".
Os comentários, no entanto, não foram somente positivos. Uma usuária afirmou que a foto é reflexo de um "racismo à brasileira". Ela entende que se o menino fosse branco, ninguém iria ver "contraste de nada, nem achar que ele era pobre ou até um menino de rua". Em seu comentário, a mulher ainda diz que, caso o menino fosse seu filho, "meteria a porrada" para mostrar que a imagem do negro não é bagunça".
A reportagem do O POVO Online tentou contato com o fotógrafo Lucas Landau tanto por email como pelo Facebook, mas até o momento desta publicação não recebeu respostas.
Redação O POVO Online