Crianças que ficavam presas em quarto são salvas em Mato Grosso

O resgate ocorreu depois que as vítimas jogaram bilhetes enrolados em pedras pedindo socorro. As crianças foram resgatadas e estão sob os cuidados do Conselho Tutelar de Cuiabá

21:30 | Dez. 08, 2017

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Duas crianças de 6 e 9 anos e três adolescentes, com idades entre 11 e 14 anos, que viviam em condições desumanas, trancadas em um cômodo e em total abandono, foram resgatadas na periferia de Cuiabá, em Mato Grosso (MT). Os pais das vítimas foram presos. De acordo com informações do portal de notícias G1, o resgate ocorreu na tarde dessa quinta-feira, 7, e foi divulgado nesta sexta-feira, 8, depois que as vítimas jogaram bilhetes enrolados em pedras em direção à rua pedindo socorro.

Os policiais da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) receberam denúncias anônimas e foram ao local. As crianças e os adolescentes passavam fome e sede. As vítimas foram resgatadas e estão sob os cuidados do Conselho Tutelar de Cuiabá, que participou do resgate com os policiais.

Os agentes de segurança informaram que as crianças e adolescentes estavam completamente ‘jogadas’ em um cômodo com muita umidade, sujeira e dormiam em um colchão molhado. Eles não tinham acesso à casa principal, aparentavam desnutrição, pois eram alimentados, muitas vezes, com comida azeda. Nos bilhetes, as crianças pediam comida e diziam que estavam presas, sem comida e sem água. Em outros, as vítimas diziam que recebiam comida azeda.

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O casal foi preso por crime de lesão corporal dolosa por violência doméstica (tortura e maus tratos) e encaminhado para audiência de custódia, nesta sexta-feira. Dois dos meninos encontrados seriam filhos do acusado com outra mulher. Já os adolescentes e a menina seriam filhos da suspeta. Apenas um deles é filho em comum do casal.

As crianças foram recolhidas e estão sob a responsabilidade do Conselho Tutelar, para serem abrigadas. O homem responde por estupro de vulnerável, cometido em Goiás em 2013. A defesa do casal não foi encontrada para comentar sobre o assunto.

Redação O POVO Online