Restos mortais de D. Pedro I e suas mulheres são exumados para estudo
A maior surpresa de todas, porém, foi a exumação de Dona Amélia, que fora mumificada e tinha partes do corpo em bom estado de conservação

Os corpos de integrantes da família imperial do Brasil foram exumados pela primeira vez. Cientistas brasileiros analisaram os restos mortais de D. Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, além de suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.
Segundo o site G1, o procedimento fez parte do trabalho de mestrado da arqueólogo e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel. Ela defendeu sua dissertação na última segunda-feira, no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com a historiadora a autorização para exumar os corpos foi requisitada há oito anos, no entanto, foi apenas concedida pelos descendentes da família real brasileira no ano de 2010.
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Os exames, realizados entre fevereiro e setembro de 2012, aconteceram no Hospital das Clínicas de São Paulo, com a ajuda de especialistas da Faculdade de Medicina da USP.
Após procedimentos de ultrassonografias e tomografias, os resultados apontaram algumas curiosidades. Uma delas é a de que o D. Pedro I teria fraturado quatro costelas do lado esquerdo, por conta de uma queda de cavalo e uma quebra de carruagem, ao longo de sua vida. O fato teria contribuído para a agravação da tuberculose que o levou a morte aos 36 anos, em 1834. Ele foi enterrado com roupas de general.
Já os restos mortais de Dona Leopoldina contradizem a história de que a imperatriz teria quebrado a perna após ser empurrada de uma escada por D. Pedro I. Segundo os exames, nenhuma fratura foi detectada nos ossos dos membros inferiores.
A maior surpresa de todas, porém, foi a exumação de Dona Amélia. Enterrada com um crucifixo de madeira e metal, os cientistas foram surpreendidos quando perceberam que a imperatriz fora mumificada. Partes de seu corpo estavam bem preservados como cabelos, unhas e cílios.
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De acordo com especialistas da USP, a exumação foi relevante para descobrir cada vez mais sobre o período imperial vivido pelo Brasil.
Redação O POVO Online