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Fenaj e sindicatos lamentam assassinato no Maranhão e defendem federalização de crimes contra jornalistas

16:28 | 24/04/2012
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Luís (MA) e o Sindicato dos Radialistas do Maranhão lamentaram hoje (24), em nota conjunta, o assassinato do jornalista Décio Sá, morto ontem em São Luís (MA).

Na nota, as duas instituições pedem às autoridades locais a rápida apuração do crime e a punição dos culpados. Elas reivindicam ainda que o Congresso Nacional aprove o projeto de lei que federaliza os crimes cometidos contra jornalistas.

"É nosso dever exigir rigor das autoridades maranhenses na apuração dos fatos e na punição dos responsáveis pela morte de Décio Sá e, do Congresso Nacional, a aprovação do projeto de lei que estabelece a federalização dos crimes contra jornalistas", diz o documento.

O jornalista Décio Sá foi assassinado em um restaurante da Avenida Litorânea, na capital maranhense. O crime ocorreu na noite de ontem. Além do Blog do Décio, um dos mais acessados no estado, o jornalista era repórter da editoria de política de O Estado do Maranhão, pertencente à família do presidente do Senado, José Sarney.

A nota ressalta ainda "a atuação destemida" de Décio Sá e enfatiza que "seu covarde assassinato deixa entristecida toda a categoria dos jornalistas maranhenses e indignados todos os jornalistas brasileiros".

"Jamais imaginaríamos que, vencido o período de regime de exceção e, ao alcançarmos a democracia, nos encontramos cercados por uma legislação penal tão estimulante para a prática de atos criminosos, onde a vida dos cidadãos nada vale diante da vingança banal dos bandidos, pistoleiros e mandantes", destaca o documento.

As três entidades também ressaltam que a liberdade para o trabalho da imprensa é fundamental para o exercício da democracia. "Também é nosso dever repudiarmos as frequentes tentativas de cerceamento à liberdade de expressão no Brasil e, principalmente, a violência cometida contra jornalistas", diz o documento.

Agência Brasil

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