Cachorro nasce com duas línguas e sem olhos no litoral do Piauí
O animal é vítima de uma malformação rara, segundo especialista
Uma cadela da Parnaíba, a 269 km de distância de Teresina, deu à luz a quatro filhotes na última segunda-feira, 28. No entanto, quando o último cachorrinho nasceu, viu-se que o animal não tinha olhos, orelhas, nariz e tinha duas línguas. Ele nasceu duas horas após o parto dos três irmãos e é vítima de uma malformação rara. O filhote apresentava dificuldades para respirar e morreu alguns minutos após o nascimento.
Em entrevista ao G1, o tutor do animal, Bruno Souza, de 22 anos, contou que os outros três animais estão saudáveis e não têm anomalias. “Minha mãe chegou em casa após o trabalho, por volta das 10h, e não encontrou a cachorra. Depois viu que ela havia cavado um buraco e estava com três filhotes fêmeas. Quando cheguei em casa meio-dia, a cachorra estava deitada na sala e notei algo saindo dela. Percebi ser outro filhote e corri para filmar, eu nunca vi um parto de cachorro antes. Quando ele começou a sair, já vi algo diferente”, contou Bruno.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Conforme a especialista entrevistada pelo veículo, a professora de Medicina Veterinária e especialista em neonatologia, Tânia Cavalcante, esse tipo de malformação é extremamente rara, e provavelmente está associada a anomalias genéticas. Um caso semelhante foi registrado nas Filipinas em fevereiro de 2021.
"Possivelmente trata-se de mutações genéticas, anormalidades cromossômicas e ambiente pré-natal podendo causar essas malformações. É principalmente relacionado em anormalidades genéticas, ou possivelmente causada pela presença de toxinas que afetam o desenvolvimento do cérebro, ainda na vida intrauterina", explicou a professora.
LEIA MAIS | Bota Pó: "Quero passar para as pessoas que elas são lindas de qualquer forma"
| Eventos sociais terão protocolo de retomada definido hoje, diz coordenador
Apesar da morte do animal, os outros três filhotes fêmeas que nasceram no mesmo dia estão bem. "Fiquei assustado e abalado. Minha mãe, que é muito apegada aos cachorros, chorou. Eu gostaria de poder fazer algo e ter salvado a vida dele", completou Bruno.