Pros Ceará diz que direção nacional distribuiu verbas e que culpados devem ser punidos

Partido é alvo de operação que apura candidaturas laranjas na eleição de 2018. Investigação teve início após denúncia do O POVO de fevereiro de 2019

O Pros divulgou agora há pouco nota sobre operação da Polícia Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do partido e em outros sete endereços. Segundo a legenda, a ação da PF dizia respeito a um “documento específico, referente à candidatura da filiada Débora Ribeiro, no ano de 2018, ao cargo de deputada estadual”.

Sobre os R$ 274 mil enviados à candidata – que teve apenas 47 votos –, o Pros reitera que “não tem gerência sobre os critérios utilizados pela direção nacional para a distribuição dos recursos provenientes do fundo eleitoral para as candidatas e que o uso da verba partidária e a prestação das contas ficam a cargo de cada beneficiário dos recursos eleitorais”.

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O partido afirma que entregou o documento solicitado e está colaborando com a PF na investigação do caso, que apura possíveis desvios do Fundo Eleitoral através de uma suposta candidatura laranja. “O partido e seus dirigentes não compactuam com qualquer ato ilícito e aguardam a apuração plena da denúncia. Restando culpados, que sejam punidos”.

A investigação foi instaurada a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral no Ceará após série de reportagens do O POVO de fevereiro de 2019. O POVO mostrou que a candidata Débora Ribeiro, mesmo desconhecida e sem jamais ter disputado qualquer eleição, recebeu repasse até quatro vezes maior que o de Soldado Noélio, deputado estadual eleito pela sigla.

Confira íntegra da nota do Pros:

Sobre a operação Spectrum da Polícia Federal (PF), realizada nesta manhã, na sede Estadual do PROS, cumprindo mandado de busca de um documento específico, referente à candidatura da filiada Débora Ribeiro, no ano de 2018, ao cargo de deputada estadual, o partido informa que procedeu com a entrega do documento solicitado e está colaborando com a PF na elucidação do caso, no qual são apontadas possíveis irregularidades na prestação de contas da então candidata. O partido e seus dirigentes não compactuam com qualquer ato ilícito e aguarda a apuração plena da denúncia. Restando culpados, que sejam punidos na forma da Lei. Sobre os valores questionados, o Pros reitera que não tem gerência sobre os critérios utilizados pela direção nacional para a distribuição dos recursos provenientes do fundo eleitoral para as candidatas e que o uso da verba partidária e a prestação das contas ficam a cargo de cada beneficiário dos recursos eleitorais.

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