Estudantes de Fortaleza são premiados na 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa do programa Escrevendo o Futuro
O tema das produções, "O Lugar Onde Vivo", é um incentivo para os alunos aprofundarem o conhecimento sobre a realidade local, contribuindo para o desenvolvimento da sua cidadaniaEstudantes de Fortaleza foram premiados na 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, a partir do programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pelo Ministério da Educação em parceria com o Itaú Social. O concurso, que contempla escolas públicas de todo o País, tratou do tema “O Lugar Onde Vivo”, e lançou aos alunos o desafio de produzir textos que representassem algum aspecto da comunidade em que vivem.
A estudante da Escola Estadual Governador Adauto Bezerra, Rúbia Ellen Campelo Costa, 17, foi vencedora na categoria de artigo de opinião. Em seu texto, ela escreveu sobre a requalificação da Beira Mar, discutindo também a questão ambiental que perpassa o empreendimento. “Esse ano já tivemos um desequilíbrio para o lado ambiental, com os desastres em Brumadinho e na Floresta Amazônica, por isso escolhi tratar da requalificação na Beira-Mar”, comenta Rúbia.
Rúbia explica que para trabalhar o artigo de opinião da maneira correta, o assunto deve apresentar uma problemática em que as pessoas possam se posicionar a favor ou contra, ao mesmo tempo em que discorrem sobre o tema. “Eu me posicionei contra a requalificação, porque apesar do valor que ela tem para o turismo, ainda traz impactos ambientais”, argumenta a estudante, que foi orientada pela professora Suziane Brasil. Durante a olimpíada, os alunos participam de oficinas de produção textual com os professores e estudantes classificados em cada etapa.
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Alunas do Colégio Militar de Fortaleza também foram premiadas no concurso. Medalhistas de ouro na categoria Documentário, elas abordaram a questão hídrica no Ceará, devido a uma sugestão da professora Gláucia Maria. Na etapa de seleção escolar, foram divididos trios, entre alunos do 1º e 2º ano, que participaram de uma banca de avaliadores. “A partir da leitura de O Quinze, da Rachel de Queiroz, foi trabalhada a questão hídrica no Ceará. A gente gente fez os debates, e eles produziram textos”, descreve a professora.
As categorias do concurso abrangem poema, memórias literárias, crônica, documentário e artigo de opinião. Mesmo sem experiência, as estudantes Lethícia Alencar Maia Barros, 15, Sabrina Soares Bezerra, 16, e Yasmin Felipe Rocha Santiago, 16, participaram de oficinas na escola, onde aprenderam a escrever roteiros e produziram o documentário “Além da Seca”.
“Eu nunca achei que participaria de um evento tão grandioso durante o ensino médio. Foi a primeira vez que eu fiz um documentário e achei muito divertido fazer parte da produção e aprender um pouco mais sobre o universo cinematográfico”, relata Yasmin, que estava responsável pela parte das entrevistas durante a produção do documentário. As suas colegas, Sabrina e Lethícia, cuidaram, respectivamente, da produção de imagem e da locução.
Ao todo, foram sete etapas percorridas pelos estudantes da rede pública ao longo de todo ano. A última etapa do concurso ocorreu no dia 9 de dezembro, em São Paulo, quando foi divulgado os medalhistas de ouro da 6ª edição da olimpíada.
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