Zoológico Municipal Sargento Prata abriga mais de 30 espécies resgatadas neste ano

Mais de trinta espécies de animais resgatados pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão momentaneamente em Fortaleza. O Zoológico Municipal Sargento Prata foi o local escolhido para abrigá-los. Os animais, como a onça parda, o tucano e os macacos, estavam em situação de vulnerabilidade, com incapacidade de voltar imediatamente ao ambiente natural.  

“De certa forma, é um reconhecimento pelo trabalho do zoológico, pelos técnicos. Isso demonstra confiança. Recebemos os animais com o objetivo de avaliar, cuidar, fazer os exames e tratar. Muitos deles irão se recuperar e ficarão bem, mas sem condições de serem soltos, pois estão domesticados”, explica Raphael Martins, biólogo e diretor geral dos parques municipais mantidos pela Prefeitura. O zoológico é administrado pela Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (UrbFor).

Raphael explica que animal deve estar um um lugar onde ele tem a opção de ser visto, de não ser visto, de ficar na sombra, de ficar no sol, se quer tomar banho, se não quer tomar banho ter um lugar tranquilo sem ser incomodado. "Esses já são critérios que usamos em todos os recintos do zoológico”, explica.

A maioria das espécies que chegaram são aves, principalmente papagaios, periquitos e pássaros em geral, que, de acordo com o biólogo, são as que mais sofrem com o tráfico de animais. Algumas espécies incomuns como ouriço, tamanduá, macacos e uma onça parda também foram encaminhadas ao local, mas muitos deles não estão disponíveis para visitação e nem continuarão no local. “Recebemos os animais muitas vezes mutilados, maltratados... E nosso foco é cuidar da recuperação deles. Se eles irão para visitação é uma questão técnica que envolve órgãos ambientais, a autorização deles. Já fizemos a solicitação para manter algumas espécies aqui, que temos interesses por questões de educação ambiental que desenvolvemos, e pela impossibilidade de o animal ser solto”, comenta o biólogo.

Raphael explica que o principal objetivo é que o animal retorne à natureza, mas é preciso fazer uma avaliação detalhada. E a adaptação precisa acontecer gradualmente. “É o objetivo de todos os profissionais que os animais não sejam retirados da natureza, mas a maioria já chega sem condições de serem soltos. Ou são domesticados, humanizados, apegados a seres humanos em si, ou são mutilados, apresentam problemas de saúde que acabam os deixando limitados e não podem ser soltos. E acabam tendo de ficar mesmo no cativeiro”.

Os animais recém-chegados são continuamente acompanhados pela equipe técnica do zoológico, assim como já é feito com as demais espécies. As estadias no parque zoológico ainda estão sendo avaliadas, pois a destinação dos animais é decidida pelos órgãos ambientais.

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Zoológico Municipal Sargento Prata

Funcionamento: Terça a domingo

Horário: 8h às 16h

Endereço: Av. Prudente Brasil, 685 - Passaré

Entrada gratuita

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