Universitários aproveitam fila da biometria para fazer vídeo de campanha sobre doação de órgãos
Alunos dos cursos de Medicina e Enfermagem da Unichristus ressaltavam que há uma fila bem maior, com milhares de horas de espera, composta por quem precisa de um órgão
20:11 | Nov. 27, 2019
Aproveitando a longa espera na fila do cadastramento biométrico do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), alunos dos cursos de Enfermagem e Medicina da Unichristus conversaram com eleitores sobre a importância da doação de órgãos. A iniciativa virou vídeo de uma campanha em circulação nas redes sociais, gravada no sábado, 23. Os alunos se aproximavam de quem estava na fila, perguntavam há quanto tempo eles esperavam, e ressaltavam que há uma fila bem maior, com milhares de horas de espera, composta por quem precisa de um órgão.
Após serem informados que uma pessoa à espera de transplante pode aguardar até 10 mil horas por um órgão, é possível ver o impacto que a informação causa nas pessoas, que a princípio pensam que a abordagem trata-se de um atendimento do TRE.
A doação de órgãos, de acordo com o Ministério da Saúde, é o ato de retirar cirurgicamente um órgão de um doador, vivo ou morto, para uma pessoa doente, que necessite do mesmo órgão. O doador pode ser vivo, sendo qualquer pessoa que concorde em doar de forma que não prejudique sua saúde. Ele pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea. O doador pode também ser falecido, diagnosticado com morte encefálica, ou seja, perda completa e irreversível das funções cerebrais.
O Ceará, até agosto deste ano, realizou 757 transplantes e foram registradas 122 doações de órgãos. A fila de espera, atualizada em outubro de 2019, consta um total de 45.714 em todo o Brasil, com 1.362 pessoas no Estado.