Com saldo de ativos em R$ 3,3 bilhões no Crediamigo, em 2018, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) respondeu por 63% das operações de microcrédito do País. Somado ao programa de microcrédito rural, o Agroamigo, é o principal financiador desta modalidade de crédito na América Latina. Dentre os 11 estados que formam a área de atuação do banco, o Ceará foi onde o recurso foi mais aplicado.

No ano passado, dos R$ 8,9 bilhões em novas operações de microcrédito, 11,2% a mais do que em 2017, R$ 2,8 bilhões foram no Ceará, estado piloto do Crediamigo, em 1998. Além de Fortaleza, com mais de R$ 811,7 milhões em 2018, destacam-se Maracanaú (R$ 203,7 mi), Itapipoca (R$ 161,4 mi) e Limoeiro do Norte (R$ 97,5 mi).

A meta deste ano é elevar a marca para R$ 3,5 bilhões no Estado, alta de 25%. O presidente do BNB, Romildo Rolim, explica que o desafio do microcrédito é atender clientes sem histórico bancário, com baixa capacidade de garantias e sem renda comprovada. "Isso nos permite trabalhar com as menores taxas do mercado e ter uma inadimplência muito baixa", observa.

Na última avaliação do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) sobre os impactos na Região, em 2014, foi constatado que houve crescimento de 60% na renda familiar após dez anos no programa, alta de 14% nos empregos, além de redução de 27% da pobreza e de 50% da pobreza extrema.