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Em defesa da Hemobrás
Opinião

Em defesa da Hemobrás

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Jarbas Vasconcelos 
Senador de Pernambuco (MDB)
 (Foto: Jarbas Vasconcelos )
Foto: Jarbas Vasconcelos Jarbas Vasconcelos Senador de Pernambuco (MDB)

O Nordeste conquistou um dos mais importantes projetos para vencer a nossa dependência externa na área de derivados do sangue, garantindo o fornecimento de medicamentos hemoderivados e também os produzidos por biotecnologia para os pacientes do SUS.

A Hemobrás - Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - tem em sua origem a necessidade de suportar com presteza e qualidade o tratamento de pacientes com hemofilia, cirrose, câncer, Aids, imunodeficiência genética, queimaduras graves, entre outras enfermidades que levam milhões de brasileiros aos hospitais de todos os estados.

Sediada na cidade de Goiana, zona da mata pernambucana na fronteira com a Paraíba, e vinculada ao Ministério da Saúde, a Hemobrás teve seu estatuto criado por decreto em março de 2005. Tal aprovação, feita quando eu exercia o cargo de governador de Pernambuco, contou com a mobilização política e de médicos especialistas não só do meu estado, mas de toda a região, uma vez que a missão social da empresa é garantir medicamentos para a rede SUS transbordando as fronteiras e atendendo uma necessidade do País.

Iniciada em 2010, a construção da fábrica - que já consumiu valor superior a R$ 1 bilhão e tem aproximadamente 70% de obras concluídas - é hoje um desafio que merece a união de forças de todos nós. A unidade, lamentavelmente, ainda não iniciou sua efetiva produção na planta de Goiana.

Esse projeto redentor na área de saúde passou por ameaças de esvaziamento, denúncias de fraudes em licitações, que estão sendo apuradas pelos órgãos competentes. Mas não podemos nos perder nesses mal feitos. Temos que procurar apoiar a conclusão desse projeto necessário ao atendimento da população.

O Brasil tem potencial de matéria prima para processamento e fracionamento do plasma, podendo reduzir a sua dependência externa nessa área e reverter parte da despesa do câmbio (moeda estrangeira) para atender outras demandas da saúde pública, setor estratégico e sempre tão carente de recursos e investimentos.

O governo federal precisa ter ciência da importância da conclusão da fábrica de Goiana não só para o Nordeste, mas para todo o Brasil, uma vez que a unidade atenderá a demanda de pacientes com patologias do sangue de todas as unidades do País. n

 

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