A polícia apreendeu adolescente suspeito de ter participado da organização do atentado que levou ao massacre de cinco estudantes, um empresário e dois funcionários da Escola Estadual Raul Brasil, na última quarta-feira (13), na cidade de Suzano, em São Paulo.

Dois ex-alunos, de 17 e 25 anos, entraram na escola encapuzados e armados e se mataram após a ação. O terceiro acusado não participou da execução, mas do planejamento que vinha sendo feito desde novembro. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o jovem apreendido era colega de classe do atirador e o ajudou na compra, pela internet, de equipamentos usados no crime.

Por ser menor de idade, o suspeito teve a apreensão requisitada à Justiça para posterior apresentação à Vara da Infância e Juventude.

O inquérito policial foi instaurado na Delegacia do Município de Suzano e tem apoio do setor de homicídios de Mogi das Cruzes. Foram ouvidas 31 testemunhas, que podem ser chamadas novamente para prestar depoimento ao longo das investigações.

Três alunos, vítimas do massacre, continuam internados, sendo que duas adolescentes apresentam quadro estável e são assistidas na enfermaria do Hospital Santa Maria, em Suzano. Um garoto de 15 anos permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Na noite da última segunda-feira (18), uma das vítimas, um garoto de 16 anos, recebeu alta. Ele passou por cirurgia e se recuperou bem.

A escola Professor Raul Brasil reabriu ontem, 19, às 10 horas com um café da manhã. Psicólogos, voluntários e profissionais da saúde prestam assistência e promovem atividades esportivas, artísticas e rodas de conversas até sexta-feira (22).

A Diretoria Regional de Ensino ainda não definiu uma data para o retorno às aulas. (Agência Brasil)