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Dia Internacional da Felicidade
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Dia Internacional da Felicidade

| ONU | Data busca alinhar felicidade humana aos objetivos de desenvolvimento sustentável
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Felicidade é um sentimento que intriga e interessa a humanidade há milênios. Faz parte das primeiras reflexões filosóficas sobre ética, elaboradas na Grécia Antiga, e se projeta nas redes sociais como algo que se busca constantemente. E é considerada tão central para a qualidade de vida que, em julho de 2012, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio 20, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 20 de março como Dia Internacional da Felicidade.

Para a Psicologia Positiva, área desenvolvida na década de 1990, felicidade é estado mental complexo e se diferencia da alegria pela duração. Dessa forma, seria como uma soma de momentos alegres. "Ela abrange diversos aspectos de bem-estar e é caracterizada por um alto índice de satisfação com a vida", explica Roger Sousa, pós-graduando em Psicologia na Universidade Federal do Ceará (UFC).

Segundo o psicólogo, "pessoas felizes têm melhor saúde física e mental, se engajam melhor em suas atividades e conseguem se cuidar e cuidar melhor do que existe à sua volta". A data criada pela ONU reconhece a relevância da felicidade e do bem-estar como objetivos universais e busca chamar atenção para sua importância em políticas públicas de desenvolvimento sustentável.

Como afirma o diretor da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia), Virgilio Viana, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU buscam avanços sociais e ambientais para assegurar que as pessoas tenham melhores condições de vida e sejam mais felizes. "Ter um mundo mais sustentável envolve questões ambientais relevantes para nosso dia a dia, além de outros desafios na vida moderna, como assegurar emprego digno, condições de educação e de lazer, igualdade de gênero e respeito às diferenças, por exemplo".

A ideia de criação do Dia Internacional da Felicidade foi protagonizada pelo Butão, país himalaio que desde 1972 utiliza a Felicidade Interna Bruta (FIB) como estatística oficial em contrapartida ao Produto Interno Bruto (PIB). O indicador não considera apenas o crescimento econômico, mas também aspectos psicológicos, culturais, ambientais e espirituais para medir o progresso de uma comunidade ou nação.

Felicidade Interna Bruta

1 Bem-estar psicológico - Satisfação e otimismo sobre a própria vida. Inclui taxas de emoções positivas e negativas, autoestima, sensação de competência, estresse e atividades espirituais.

2 Saúde - Tem critérios como autoavaliação da saúde, invalidez, comportamentos arriscados, exercício, sono e nutrição.

3 Uso do tempo - Em trânsito, trabalho, atividades educacionais, lazer e socialização.

4 Vitalidade comunitária - Confiança, noção de pertencimento, afetividade, segurança em casa e na comunidade, prática de doação e de voluntariado.

5 Educação - Formal e informal, envolvimento na educação dos filhos, valores em educação e educação ambiental.

6 Cultura - Tradições locais, valores
nucleares, participação em eventos, oportunidades
de desenvolver
capacidades artísticas e discriminação por religião, raça ou gênero.

7 Meio ambiente - Percepção da qualidade de água, ar, solo e biodiversidade; acesso a áreas verdes e coleta de lixo.

8 Governança - Mede a cidadania e como se enxerga governo, mídia, judiciário, sistema eleitoral e segurança pública em termos de responsabilidade e transparência.

9 Padrão de vida - Renda individual e familiar, segurança financeira, qualidade das habitações, entre outros.

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