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Especialistas debatem reforma na AL-CE
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Especialistas debatem reforma na AL-CE

Contraponto
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A Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) também foi ambiente de contraponto às alterações na Previdência Social propostas pelo Planalto. Ontem, especialistas se contrapuseram ao texto que iniciou tramitação na Câmara dos Deputados após entrega da proposta para militares, no último dia 20.

Uma das componentes da mesa, a professora de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Gentil, avalia que a reforma não resolve problema fiscal, mas institucionaliza o regime de capitalização no País - aquele em que o trabalhador arca com o próprio futuro.

"Só quem pode contribuir (neste regime) é quem tem renda. Os salários suficientes para tirar uma parte e poupar. (...) Então, as pessoas não vão ter condição de poupar e vão ficar desamparadas na velhice".

As que conseguirem construir reserva, raciocina a economista, vão passar pela realidade chilena: "quando chegam no final da vida, descobrem que o que sobrou não é suficiente para viver por quatro anos".

Também economista, o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani acredita que a reforma é necessária, mas está em curso um "terrorismo econômico". Para ele, o objetivo é mais ideológico e menos técnico.

Segundo ele, se aprovada a reforma de Bolsonaro, a nova Presidência ganhará mais em rigor mediante leis complementares. (Carlos Holanda/O POVO)

 

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