Governo envia reajuste de policiais para Assembleia; mensagem será votada semana que vem

Governador Camilo Santana encaminhou à Assembleia proposta que reajusta salários de policiais e bombeiros. Celebrado ontem, o acordo foi rejeitado pela categoria, que tem reunião marcada para a próxima terça

16:31 | Fev. 14, 2020

Por: Henrique Araújo
Governador Camilo Santana enviou proposta de reajuste para a Assembleia Legislativa: (Mauri Melo/O POVO). (foto: MAURI MELO/O POVO)

O Governo do Estado enviou à Assembleia Legislativa a mensagem com o reajuste dos policiais militares e bombeiros. A proposta foi fechada ontem em reunião entre representantes da corporação, secretários, deputados e membros do Ministério Público, mas rejeitada pela categoria horas depois.

Na manhã de hoje, Pedro Queiroz, diretor da Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Ceará (Aspramece), disse ao O POVO esperar que o governador reabrisse as discussões sobre o reajuste.

“Nós recebemos a simulação discutida (ontem), mas, quando foi levada à tropa, mesmo com pré-aceitação, ao tomar conhecimento dos números, ela não se agradou”, relatou.

Queiroz era um dos participantes do encontro com membros do governo. Além dele, chancelaram o acordo os deputados Soldado Noelio e Capitao Wagner, ambos do Pros, que gravaram vídeo distribuído nas redes sociais em que comemoraram o acerto final da proposta, considerada um avanço histórico.

O presidente da Aspramece acrescentou: “O que estamos esperando do Governo é que reabra as discussões para poder, em sintonia com a tropa, ter um prognóstico melhor do que a gente acabou acordando ontem. Tem que ser feita uma mudança e reabrir o debate”.

Procurado ontem, o titular da Casa Civil de Camilo, Élcio Batista, afirmou que o acordo havia sido feito com os representantes designados pela categoria e que, portanto, ele estava mantido. Hoje, a mensagem foi encaminhada à AL, que deve aprová-la na semana que vem, a tempo de os valores passarem a valer para os vencimentos de março deste ano.

A proposta celebrada entre Governo, deputados e entidades prevê gastos de R$ 495 milhões, acrescidas as gratificações que já eram pagas aos militares. Pela nova tabela, um soldado passará a receber R$ 4,5 mil ao final de 2022. O número de parcelas de pagamento do reajuste foi reduzido de quatro para três.

O POVO procurou o deputado Capitão Wagner, que disse que não iria comentar a recusa da categoria de acordo celebrado entre os representantes e secretários do governo.

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